Planeta Terra pode ter calor recorde nos próximos cinco anos

Silvana Baitala
emperaturas globais devem subir a níveis recordes nos próximos cinco anos (Ilustração: Getty Imagens)

Nos próximos cinco anos, as temperaturas globais devem bater a marca dos registros atuais por causa dos gases que causam o efeito estufa e do fenômeno El Niño, aquecimento natural da porção central e leste do oceano Pacífico Equatorial, que está previsto para o segundo semestre de 2023.

O alerta é da Organização Meteorológica Mundial, OMM. Em relatório, divulgado nesta quarta-feira, 17 de maio, a agência da ONU afirma que existe 98% de chance de um, dentre os próximos cinco anos, ser o mais quente desde o início de registros das temperaturas globais.

Conhecido como Atualização Global Anual para Decadal do Clima, o relatório é produzido pela agência da ONU em parceria com especialistas do Reino Unido

Um outro fator é que o fenômeno El Niño, que deve evoluir nos próximos meses, apareça num cenário de combinação de mudança climática induzida por seres humanos que levará as temperaturas globais para patamares desconhecidos.

Mundo precisa estar preparado


O relatório também aponta para o aquecimento do Ártico que poderá ser três vezes mais alto que a média global.

O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, acredita que esse quadro poderá causar impactos sobre a saúde, segurança alimentar, gerenciamento de mananciais de água e meio ambiente. E somente por isso, o mundo precisa estar preparado.

A influência de resfriamento induzido pelo fenômeno La Niña* sobre a maior parte dos últimos três anos controlou, temporariamente, uma tendência de aquecimento a longo prazo.

Acordo de Paris


Além do aumento das temperaturas globais, a produção de gases induzidos por mãos humanas está levando a mais aquecimento e acidificação dos oceanos. Outra consequência é o derretimento de geleiras e gelo do mar, assim como aumento do nível do mar e temperaturas mais extremas.


O Acordo de Paris estabelece objetivos de longo prazo que possam direcionar todos os países para, substancialmente, reduzirem as emissões de gases que causam o efeito estufa limitando o aumento da temperatura neste século a 2°C para evitar ou reduzir os impactos adversos e perdas e anos que ocorrerão deste quadro.

O novo relatório da OMM está sendo divulgado antes do Congresso Meteorológico Mundial marcado para 22 de maio a 2 de junho e que debaterá como fortalecer os serviços de clima e de meteorologia. Dentre as prioridades estão sistemas de alerta precoce para proteger as pessoas dos desastres naturais.

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