Pix sim , cartão não

Cleomar Diesel
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PIX ou cartão?

Em um cenário cada vez mais digitalizado, onde transações financeiras são realizadas principalmente por meio de cartões e aplicativos, surge o pix gratuito como uma opção que promete substituir o dinheiro vivo. Parece uma alternativa bastante conveniente e prática, afinal, basta alguns cliques no smartphone para realizar pagamentos e transferências.

Vamos analisar uma situação fictícia para entender melhor.

Imagine que você tenha uma nota de R$ 50,00 e decide pagar o seu corte de cabelo com ela. O barbeiro, por sua vez, utiliza a mesma nota para compras no mercado. O dono do mercado, então, utiliza a mesma nota para pagar o serviço de lavagem de carros em um lava-jato.

Até aqui, tudo parece bastante comum, certo? Afinal, as notas estão trocando de mãos e cada pessoa está utilizando-as para realizar suas compras e pagamentos. Mas o que acontece após 20 ou 30 transações? A nota de R$ 50,00 vai pertencer a alguém, mas ainda continuará valendo R$ 50,00. Sendo assim, o valor permanece na circulação, e o dinheiro físico mantém sua utilidade e poder de compra.

Agora, vamos analisar a mesma situação, mas utilizando cartões de crédito ou débito.

Ao pagar o barbeiro, você percebe que uma pequena taxa, geralmente em torno de 1,5%, é descontada e destinada ao banco. O mesmo acontece quando o barbeiro paga no mercado e o dono do mercado paga no lava-jato. Com cada transação, uma porcentagem é considerada como custo para a utilização do cartão, e esse valor vai diretamente para o banco.

Após 20 ou 30 transações, os R$ 50,00 já não existem mais em posse de ninguém, pois foram direcionados integralmente ao banco por meio das taxas cobradas. Aquilo que antes era um valor em suas mãos, agora faz parte do lucro das instituições financeiras.

Portanto ,a conclusão lógica é que só o PIX gratuito é uma opção que pode substituir o dinheiro vivo

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