Após um período de espera, o pinhão, símbolo icônico do Paraná, estará de volta às mesas dos paranaenses a partir deste dia 1º de abril. O Instituto Água e Terra (IAT) emitiu orientações permitindo a colheita, armazenamento e comercialização da semente, desde que tenha atingido o período completo de maturação.
A medida, que visa preservar a espécie e garantir a saúde dos consumidores, estipula multas de R$ 300 a cada 50 quilos apreendidos, além da responsabilização por crime ambiental, para aqueles que desobedecerem às normas estabelecidas na Portaria IAP nº 046/2015.
A safra do pinhão se estende até junho, permitindo aos paranaenses desfrutarem dessa iguaria tradicional. O pinhão desempenha um papel importante na economia do estado, movimentando cerca de R$ 20,8 milhões em 2022, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral).
A produção em 2022 atingiu 4,1 mil toneladas, concentradas principalmente nos municípios da região Centro-Sul, como Inácio Martins, Pinhão e Turvo. Essas regiões, juntamente com as áreas Central, Sul e Sudoeste, são responsáveis pelo maior volume de produção de pinhão no estado.
Além de ser um produto de grande valor econômico, o pinhão desempenha um papel fundamental na preservação da araucária, contribuindo para sua reprodução natural quando é deixado cair ao chão, sendo então disseminado por animais como a cutia.
Com a retomada da colheita do pinhão, os paranaenses poderão desfrutar não apenas de seu sabor único, mas também contribuir para a preservação dessa espécie tão emblemática da região.