A Unidade de Estabilização de Animais Marinhos da Univille acolheu os primeiros pinguins do período migratório de 2023 que encalharam em São Francisco do Sul. É comum que os animais fiquem perdidos e acabem nas praias catarinenses.
Os animais são pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus). As duas aves não voadoras foram avaliadas pela equipe veterinária. Segundo o exame de admissão, os dois pinguins não apresentaram sinais clínicos compatíveis para IAAP (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade).
Os pacientes apresentaram o mesmo quadro clínico, síndrome de caquexia, sinais de exaustão, caquéticos, hipotérmicos, anêmicos e desidratados. Em seguida, foi iniciado o tratamento de medicamentos, hidratação e alimentação. Também foram coletadas amostras de sangue e de fezes para complementação do diagnóstico.
No inverno, os pinguins-de-magalhães saem das colônias na Argentina, Ilhas Malvinas e Chile em busca de alimentos e de águas mais quentes. Por isso é comum avistarmos pinguins nas praias Santa Catarina e Paraná entre junho e setembro.
O trajeto até aqui é muito longo e exaustivo. Infelizmente, alguns indivíduos juvenis e inexperientes se perderem do bando e acabam encalhando, extremamente debilitados ou já sem vida.
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
Esse projeto procura avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.
O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos.