Pesquisa revela que população desconhece as regras do Novo Ensino Médio

Aly Moultaka
Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília.

O novo ensino médio começou a ser implementado nas escolas brasileiras, públicas e privadas, no ano passado, contudo, uma pesquisa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, o Senai, e do Serviço Social da Indústria, o Sesi, sobre as mudanças que estão sendo realizadas aponta que 55% da população estão pouco ou nada informados sobre o modelo e apenas 15% estão informados ou muito informados.

O novo ensino médio foi aprovado por lei em 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer, com o objetivo de tornar a etapa mais atrativa e evitar que os estudantes abandonem os estudos; a implementação ocorre de forma escalonada até 2024.

Em 2022, ela começou pelo 1º ano do ensino médio com a ampliação da carga horária para pelo menos cinco horas diárias, pela lei, para que o novo modelo seja possível, as escolas devem ampliar a carga horária para 1,4 mil horas anuais, o que equivale a sete horas diárias, isso deve ocorrer aos poucos.

Segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Educação, a Consed, mesmo em meio à pandemia de covid-19, as secretarias estaduais mantiveram o cronograma e todos os estados já estão com os referenciais curriculares do novo ensino médio homologados.

Apesar da baixa informação, de pouca discussão na sociedade sobre a reforma, há uma ampla concordância com relação aos princípios da política; de acordo com a pesquisa, quando são listadas as principais mudanças, mais de 70% dos brasileiros aprovam as principais diretrizes, incluindo a escolha dos itinerários e novo modelo de currículo.

Com o novo modelo, parte das aulas serão comum a todos os estudantes do país, direcionada pela Base Nacional Comum Curricular; na outra parte da formação, os próprios alunos poderão escolher um itinerário para aprofundar o aprendizado.

Entre as opções, está dar ênfase, por exemplo, às áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ao ensino técnico; a oferta de itinerários, entretanto, vai depender da capacidade das redes de ensino e das escolas.

Em 2023, a implementação segue com o 1º e 2º anos e os itinerários devem começar a ser implementados na maior parte das escolas, em 2024, o ciclo de implementação termina, com os três anos do ensino médio.

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