Nesta segunda-feira, 08 de agosto, a Confederação Nacional da Indústria, a CNI, divulgou uma pesquisa apontando que, um em cada quatro brasileiros, não consegue pagar todas as contas do mês; inflação, desemprego, queda na renda, alta de juros, são os principais fatores.
A pesquisa, realizada pelo Instituto “FSB Pesquisa”, ouviu, presencialmente, duas mil e oito pessoas, em todas as unidades da federação, entre os dias 23 e 26 de julho; essa é a segunda pesquisa realizada pela CNI no ano com foco na situação econômica e nos hábitos de consumo da população.
O estudo encomendado pelo Órgão também mostra que a situação é um pouco melhor para 44% da população, essa parcela afirma que consegue pagar todas as contas, porém, não sobra nenhuma renda; neste cenário, de acordo com o levantamento, 7 em cada 10 brasileiros não consegue guardar dinheiro. A pesquisa da CNI afirma que a dificuldade em pagar as contas acontece mesmo com a redução drástica de gastos e que seis em cada dez brasileiros reduziram suas despesas com lazer; enquanto 58% deixaram de comprar produtos de uso pessoal, como roupas e sapatos.
Conforme o estudo, 25% da população afirma ter reduzido ou deixado de comprar remédios, enquanto 19% dizem ter deixado de pagar o plano de saúde; a pesquisa ainda mostrou que 16% da população chegou a vender bens para quitar dívidas, e que 14% deixou de pagar ou atrasou o pagamento do aluguel ou da prestação do imóvel.
Ainda conforme os dados da pesquisa, 29% dos entrevistados afirmaram que conseguem gerenciar bem o dinheiro e guardar uma parcela do mesmo; enquanto 3% afirmam ter recorrido a empréstimos ou ajudas para pagar as contas; e, 2% utilizou o cheque especial para conseguir pagar as contas.
Finalizando a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, 1% dos ouvidos nessa pesquisa pagou o mínimo do cartão de crédito e deixou o saldo para o próximo mês; enquanto 3% dos entrevistados não soube ou não quis responder.
Apesar deste triste cenário, a pesquisa mostra que a expectativa da população é chegar ao fim do ano com um pouco mais de folga nas finanças; do total de entrevistados, 56% acreditam que, até dezembro, estarão com uma situação econômica pessoal melhor ou muito melhor.