Pastor Evangélico é acusado de abusar sexual e financeiramente de fiéis em operação da Polícia

Cleomar Diesel

Um pastor evangélico, conhecido por compartilhar fotos e vídeos de sua rotina familiar e pregações nas redes sociais, está sendo investigado pela Polícia Civil no âmbito da Operação Jeremias 23. A operação, que faz referência a uma passagem bíblica sobre falsos profetas, revelou que o religioso usava sua influência para abusar sexual e financeiramente dos fiéis de sua igreja, localizada em Samambaia no DF.

O pastor, que era visto como um profeta pela comunidade por supostas revelações que se concretizavam, teria abordado uma das vítimas, um fiel da igreja, alegando ter tido uma visão na qual a esposa do homem iria morrer. Segundo as investigações, o pastor afirmou que “Deus” havia ordenado que ele salvasse a esposa do obreiro da morte através de “sete unções” nas partes íntimas do fiel, sob a ameaça de que, caso não cumprisse, a esposa realmente morreria. A vítima, com medo das ameaças, acabou cedendo e mantendo relações sexuais com o pastor.

Além das ameaças de morte de parentes, o pastor também obrigava outros fiéis a manterem relações sexuais com ele e com outros frequentadores da igreja. Uma cúmplice do pastor, uma mulher de 58 anos que também é pastora em Sobradinho, auxiliava nas ameaças de castigo celestial e participava das relações sexuais na presença do pastor. No entanto, ela não é alvo de mandado de prisão.

As investigações também revelaram que o pastor obtinha vantagens financeiras dos fiéis, usando a mesma tática de ameaças de morte ou paralisia de um ente querido. Sob essas ameaças, os fiéis faziam generosas doações à igreja. Uma das vítimas, além de doar dinheiro, pagou a passagem e hospedagem do pastor para uma viagem ao Rio de Janeiro e emprestou uma chácara, onde o pastor realizava orgias com outros membros da igreja.

A operação cumpriu mandados de busca nas cidades de Vicente Pires, Samambaia e Sobradinho no Distrito Federal.Os envolvidos responderão pelos crimes de violação sexual mediante fraude e extorsão, que podem acarretar penas de até 17 anos de prisão.

Fonte Site CDN Metropole

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