Nesta terça-feira (7), o informe quinzenal da dengue divulgado pela Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) trouxe uma notícia alarmante: o estado confirmou a primeira morte por dengue neste ano epidemiológico, que começou a ser monitorado em 30 de julho. O boletim revelou 186 novos casos da doença, totalizando 2.398 casos confirmados e 20.462 notificações.
O óbito confirmado está registrado no Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) e no SIM (Sistema de Informações de Mortalidade). A vítima foi um homem de 69 anos, residente no município de Marilena, no Noroeste, sob a jurisdição da 14ª Regional de Saúde de Paranavaí. O paciente apresentava comorbidades, agravando ainda mais a situação.
O 11º Informe Epidemiológico da Vigilância Ambiental da Sesa também revelou que há 5.608 casos em investigação e 11.235 descartados. Dos 399 municípios paranaenses, 158 apresentaram casos autóctones, ou seja, casos contraídos localmente, enquanto 332 registraram notificações.
As regionais com o maior número de casos confirmados de dengue até o momento são Londrina (499), Maringá (472), Paranavaí (282), Paranaguá (219) e Foz do Iguaçu (200).
O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, expressou preocupação com a situação, afirmando: “A dengue é motivo de preocupação do Governo do Estado durante todo o ano. Acompanhamos diariamente o cenário epidemiológico e orientamos, junto aos municípios, as ações a serem seguidas. Lamentamos este primeiro óbito e não medimos esforços para conter a doença no Paraná.”
Além da dengue, o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, é responsável também pela disseminação de zika e chikungunya. Até o momento, não foram confirmados casos de zika, apenas 22 notificações e nenhum óbito. No entanto, o boletim confirmou dois novos casos de chikungunya, totalizando 253 notificações e 16 casos confirmados desde o início do período sazonal.