Em 2023, no Paraná, foram registrados 938 acidentes por serpentes, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde. Até agora em 2024, foram relatados 494 casos preliminares.
Os acidentes ofídicos ocorrem quando pessoas são mordidas por serpentes venenosas. No Brasil, usamos o termo “cobras” para falar delas, mas tecnicamente, isso se refere mais corretamente às serpentes da Família Elapidae, como as cobras corais verdadeiras. Diferentes espécies de serpentes produzem venenos que podem causar vários tipos de problemas para quem é mordido, como distúrbios colinérgicos, hemorrágicos, anticoagulantes, necróticos, miotóxicos, citolíticos e inflamatórios.
Os acidentes por serpentes venenosas no Brasil são classificados em quatro grupos principais, dependendo do tipo de serpente envolvida:
- Acidente botrópico: Causado por serpentes da família Viperidae, como as jararacas e urutus. São as mais comuns e responsáveis pela maioria dos acidentes no Brasil.
- Acidente crotálico: Causado pelas cascavéis, também da família Viperidae, reconhecidas pelo chocalho na cauda. São encontradas em regiões de cerrado e áreas abertas.
- Acidente laquético: Causado pela surucucu, a maior serpente venenosa do Brasil, da espécie Lachesis muta. Elas vivem principalmente na Amazônia e em áreas de Mata Atlântica.
- Acidente elapídico: Causado pelas corais-verdadeiras, da família Elapidae, como as coral-verdadeira. São conhecidas pelos anéis coloridos e estão amplamente distribuídas pelo país.
Essas informações ajudam a entender melhor os riscos e os tipos de tratamento necessários em caso de mordida por serpentes venenosas no Brasil.