Operações continuam na Serra Dona Francisca após derramamento de ácido sulfônico

Cleomar Diesel

Na esteira do incidente que ocorreu nesta segunda-feira, 29, quando um caminhão derramou ácido sulfônico na Serra Dona Francisca, autoridades estaduais permanecem mobilizadas no local nesta terça-feira, 30. O tráfego na região opera sob o sistema “Siga e Pare”.

Equipes técnicas do Instituto do Meio Ambiente (IMA) estão presentes monitorando a área e colaborando com os profissionais da empresa especializada em emergências ambientais contratada pelos responsáveis pela carga. O foco atual é a retirada das bombonas que atingiram a vegetação, algumas delas estão intactas, enquanto outras foram danificadas, demandando uma limpeza minuciosa da área contaminada.

A próxima fase das operações envolverá a raspagem e limpeza de toda a vegetação atingida pelo ácido sulfônico. O IMA já estuda a melhor abordagem para realizar esse trabalho em colaboração com a empresa de emergência ambiental. Ainda não há uma estimativa do volume total derramado.

A presidente do IMA, Sheila Meirelles, destacou o esforço conjunto das várias Secretarias de Estado envolvidas: “Estamos trabalhando com uma força-tarefa. Os profissionais do IMA seguem monitorando o local e auxiliando na limpeza. Em paralelo, a Polícia Científica atua na análise da água, na perícia do caminhão e na investigação para entender as circunstâncias desse dano ambiental.”

A Polícia Científica de Santa Catarina está focada na perícia do caminhão envolvido no acidente, examinando possíveis vestígios de falhas mecânicas. Além disso, a Polícia Militar Ambiental realizou vistorias na Baía da Babitonga com duas embarcações, não identificando impactos significativos na água.

O Major Ruy Florêncio Teixeira Junior, comandante da Polícia Militar Ambiental de Joinville, relatou: “Mesmo os lugares que ontem estavam completamente lotados de espuma, hoje já têm uma quantidade bem menor, quase não se nota mais espuma na água.”

Nos próximos dias, monitoramentos e coletas serão feitos ao longo dos cerca de 30 quilômetros do trecho até a Baía da Babitonga para avaliar a qualidade da água. Quanto ao abastecimento de água, a Companhia Águas de Joinville informa que está realizando análises a cada 15 minutos para garantir a segurança do sistema.

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