MPSC denuncia suspeitos de envolvimento em chacina brutal ocorrida em Joinville

Aly Moultaka
Imagem: Reprodução

Na terça-feira, 16 de maio, o Ministério Público de Santa Catarina, o MPSC, ofereceu denúncia contra 10 pessoas suspeitas de 07 homicídios e 03 tentativas de homicídio no mês de janeiro deste ano no Município de Joinville, na Região Norte do Estado.

De acordo com as informações divulgadas, as dez pessoas também foram denunciadas pelos crimes conexos de sequestro, cárcere privado, participação em organização criminosa, dano qualificado de automóvel e ocultação de cadáver.

A promotoria de Justiça da Comarca do Município de Joinville requereu que todos os dez denunciados sejam submetidos ao Tribunal do Júri; a denúncia já foi recebida pelo Judiciário e todos os acusados se tornaram réus na ação penal pública.

Conforme a denúncia apresentada, no dia 08 de janeiro de 2023, na Estrada Serrinha, bairro Vila Nova, em Joinville, foram localizados seis corpos, em avançado estado de carbonização, no interior de um automóvel da marca Fiat, cor preta.

No dia anterior, uma das vítimas teria ido até um bar e lá teria se desentendido com uma das denunciadas, integrante de facção, por conta de um gesto que a vítima teria feito com a mão, dando a entender que pertenceria à facção criminosa rival.

Em seguida, uma das vítimas teria retornado à residência onde morava com as demais para tentar se esconder de integrantes da organização criminosa; contudo, os denunciados invadiram o imóvel e abordaram todos que lá se encontravam.

A denúncia salienta que após a ordem de uma das suspeitas, que, supostamente, integra o comando da organização criminosa, lotada na Região do Bairro Morro do Meio, o grupo sequestrou as vítimas e as manteve em cárcere privado.

Ainda conforme o inquérito policial, as vítimas foram separadas, 03 foram levadas para a área externa do imóvel, enquanto os demais continuaram no interior da residência; após a divisão, os réus localizaram uma outra vítima nos fundos do imóvel.

Essa vítima, localizada nos fundos do imóvel, seria o alvo principal da ação dos criminosos, e, conforme relatado no inquérito policial, após ser localizada e identificada, a vítima foi espancada, morta e decapitada pelo grupo criminoso.

Dentro do imóvel, os réus amarraram as vítimas e espancaram-nas; enquanto isso ocorria, uma vítima conseguiu fugir do local, no entanto, ao retornar à residência, também foi capturada e amarrada pelos denunciados. 

Após as agressões, os suspeitos colocaram um corpo no porta-malas do automóvel Fiat Uno, cor preta, e sequestraram os demais; conforme apurado, no veículo, além do corpo, foram levadas outras duas vítimas. 

Em um segundo automóvel, também do modelo Fiat Uno, cor prata, foram colocadas três pessoas amarradas, assim como as demais vítimas, que foram levadas em um terceiro carro, da marca GM, modelo Celta, de cor prata.  

Com os 03 veículos, o grupo seguiu até o bairro Vila Nova com o objetivo de executar as vítimas e ocultar os seus cadáveres; durante o trajeto, o Celta estragou e foi abandonado, e os réus não mataram as três vítimas que levavam. 

Posteriormente, nas imediações do bairro Vila Nova, os denunciados tiraram a vida das vítimas com vários tiros na cabeça; após o ato criminoso, colocaram os corpos no interior do automóvel e atearam fogo ao veículo. 

Após atear fogo no veículo, os criminosos ocultaram o cadáver de uma das vítimas em meio a uma plantação de pupunha no bairro Vila Nova; na sequência, retornaram ao automóvel Fiat Uno prata, que foi abandonado no bairro Morro do Meio. 

Para a Promotoria da Comarca de Joinville, as tentativas de homicídio e os homicídios foram cometidos por motivo torpe, uma vez que os denunciados acreditavam que as vítimas pertenciam a um grupo criminoso rival, informação que não foi confirmada. 

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