Na manhã desta quinta-feira, 13 de outubro, o Ministro do Supremo Tribunal Federal e Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, afirmou que o início das campanhas eleitorais deste segundo turno está evidente uma segunda geração de desinformação.
Moraes afirma que: “A primeira delas é a manipulação de algumas premissas verdadeiras, que junta várias informações verdadeiras que aconteceram chegando a uma conclusão falsa. A segunda delas é a utilização de mídias tradicionais para se plantar fake news e, a partir disso, as campanhas replicam essas fake news, dizendo que “isso é uma notícia”.
Conforme relatos, o Ministro fez a afirmação durante o julgamento de um pedido da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, o PT, solicitando a remoção de um vídeo divulgado no canal “Brasil Paralelo”, o material associa o candidato à presidência a casos de corrupção.
Durante o seu pronunciamento o Presidente do TSE disse: “Não se pode admitir mídia tradicional de aluguel, que faz uma suposta informação jornalística absolutamente fraudulenta para permitir que se replique isso. Esses casos cresceram muito a partir do segundo turno, e devem ser combatidos para garantir a informação de verdade”.
Durante o julgamento, o Ministro Ricardo Lewandowski apontou que a matéria divulgada pelo canal atribui escândalos que jamais foram imputados a Lula, por isso, considerou que o material divulgado representava uma “grave desordem informacional”.
Na sua sustentação, Lewandowski afirmou: “Nós estamos diante de um fenômeno novo, o fenômeno da desinformação, que vai além da fake news. O eleitor não está preparado para receber esse tipo de desordem informacional”.
O pedido feito pela Campanha do petista foi acatado pela maioria dos votos, os Ministros mandaram a pagina “Brasil Paralelo” suspender imediatamente a veiculação do vídeo sob a pena de multa diária de R$ 10.000,00 caso a ordem não seja respeitada.