A maior obra pública portuária do Brasil, o Moegão, atingiu 67% de execução geral nesta semana. Somente a parte civil, por exemplo, já chegou a 76,8% dos trabalhos concluídos. O terminal, com capacidade para descarregar 180 vagões a cada cinco horas, vai conectar 11 terminais portuários e reduzirá os cruzamentos de linhas férreas na cidade de Paranaguá.
“O Moegão é uma estrutura que impressiona pelo tamanho e pela complexidade de engenharia. A obra segue o cronograma, não temos qualquer atraso, e a perspectiva é de entregar o complexo no final deste ano”, afirmou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Durante a reunião do Conselho de Autoridade Portuária (CAP), realizada no dia 15 de agosto, o diretor de Engenharia e Manutenção da Portos do Paraná, Victor Kengo, apresentou outros detalhes da execução do Moegão. “Além da parte civil, na parte mecânica, foram 71,7% de avanço e, na parte elétrica, 35,6% realizado”, pontuou.
O Moegão poderá receber 24 milhões de toneladas de grãos e farelos por ano para atender os terminais do Corredor de Exportação Leste (Corex). Essa quantidade é maior que a média anual de exportação do Corex, pois já prevê a ampliação do modal ferroviário em direção ao litoral paranaense por meio da nova Ferroeste e dos investimentos na Malha Sul. “Essas mudanças vão acontecer em breve, e o nosso porto não poderá ser o gargalo para o recebimento dessas mercadorias nas próximas décadas”, explica Garcia. O Moegão é uma obra que prepara o Porto de Paranaguá para o futuro e ainda promoverá um equilíbrio com o modal rodoviário, que se manterá como uma opção forte de transporte até os portos paranaenses.
Ao mesmo tempo, o Moegão exercerá um papel crucial para os novos terminais que fazem parte das áreas arrendáveis do Porto de Paranaguá – PARs 14, 15 e 25 –, já leiloados e que aguardam as tramitações legais para a assinatura do contrato e do termo de posse. Parte dos investimentos (R$ 1,1 bilhão) a serem feitos pelos arrendatários terá como destino a construção da primeira fase do Píer em “T”. Mais R$ 1 bilhão será aplicado pelo governo do estado. A unidade, que contará com quatro berços, vai permitir que o Corex triplique a velocidade média de carregamento dos navios — passando de 3 mil para 8 mil toneladas movimentadas por hora.