O Ministro do Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, Benedito Gonçalves, rechaçou na última sexta-feira, 30 de setembro, a tentativa do Presidente Nacional do Partido Liberal, o PL, Valdemar Costa Neto, de se dissociar do polêmico relatório que contesta a segurança do sistema eleitoral.
A divulgação do documento gerou uma crise dentro do Partido Liberal, já que é dado como certo que o relatório será usado politicamente pelo atual Presidente e candidato a reeleição, Jair Bolsonaro, do Partido Liberal, no caso de uma eventual derrota nas urnas.
Em nota publicada na última quinta-feira, 29 de setembro, Valdemar escreveu: “Ressalte-se que o referido documento é de responsabilidade da equipe técnica contratada, cujos termos devem ser avaliados dentro de tal contexto e sob a responsabilidade de seus subscritores”.
A tentativa de Valdemar de se distanciar do material, no entanto, foi contestada pelo ministro do TSE, que também ocupa o cargo de corregedor-geral da Justiça Eleitoral; para o Magistrado, o relatório contou, sim, com o aval de dirigentes do PL e traz “pontos sem aprofundamento, tendo por linha mestra o esforço de apresentar um quadro especulativo de descrédito institucional da Justiça Eleitoral”.
Em decisão assinada nesta sexta-feira, Gonçalves colocou em xeque a versão de Valdemar e determinou que a secretaria de tecnologia da informação do Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, explique a participação do PL nos procedimentos de fiscalização e auditoria realizados pelo próprio Tribunal.