Milhões de endereços sem numeração ou números sem critérios

Você sabe qual é a regra para se determinar um número para sua casa?

Cleomar Diesel
imagem ilustrativa

Recentemente divulgados, dados revelam que o Brasil enfrenta um desafio considerável em sua organização urbana: há cerca de 2,7 milhões de endereços em ruas e vias sem número, de acordo com informações levantadas. Essa situação apresenta não apenas uma questão logística, mas também impactos diretos na eficiência dos serviços de entrega, localização e até mesmo na segurança pública.

Brasília, a capital do país, lidera esse cenário preocupante, com aproximadamente 1,2 milhão de endereços desprovidos de numeração ou numeração sem critério. A peculiaridade do sistema de endereçamento no Distrito Federal, que frequentemente não utiliza o campo “número”, contribui significativamente para essa estatística. Logo atrás, encontramos cidades como Goiânia, com 526 mil, e Rio de Janeiro, com 280 mil endereços sem numeração.

Além disso, também são identificadas 2,7 milhões de ruas, estradas, travessas e rodovias sem nome definido. Entre aquelas que possuem denominação, os termos mais comuns incluem “Principal”, “Santo Antônio” e “São José”.

Em meio a essa realidade, muitos cidadãos questionam os critérios para a atribuição de números de casa e a estruturação das ruas. No Brasil, predominam dois principais métodos: o uso do “marco zero” como referência, geralmente situado na região central, e a numeração ascendente do norte para o sul ou do leste para o oeste, especialmente em loteamentos planejados. Essa padronização, que atribui números pares à direita e ímpares à esquerda, visa facilitar a localização de endereços.

Para exemplificar, em uma rua onde o primeiro lote possui 30 metros de largura, a numeração seguirá uma sequência lógica, iniciando-se com números pares, como de 02 até 28. O lote seguinte, então, começará a numeração a partir do número 30.

Essas diretrizes têm como objetivo não apenas simplificar a identificação dos endereços, mas também otimizar processos de entrega, serviços de emergência e a própria locomoção nas cidades brasileiras.

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