Microalga tóxica é detectada no mar após morte de mais de 100 kg de peixes em Santa Catarina

Carlos Moraes
Foto: Prefeitura de São José (SC)/Divulgação

Uma quantidade “massiva” de microalga marinha tóxica foi identificada no mar após o aparecimento de mais de 100 quilos de peixes mortos entre Florianópolis e São José, em Santa Catarina, desde o dia 5 de março. A espécie está em floração e tomando “grandes proporções”, segundo nota técnica divulgada pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) na sexta-feira (8), conforme matéria veiculada no g1 SC.

Do gênero Karenia, a alga é reconhecidamente responsável por mortes de peixes e têm sido associada à intoxicação de pessoas em contato com o aerossol marinho, ou seja, ao respirar a “maresia” ao caminhar na praia em frente a um local em que ocorre a floração.

A proliferação da microalga ocorreu após a terça-feira (5), com o aparecimento de milhares de peixes sem vida na orla e relatos de presença de manchas no mar, por moradores, à administração municipal de São José.

Ainda conforme matéria do g1 SC, em análise feita pelo órgão, uma das amostras chegou a mais de 300 milhões de células por litro. Assim, a mortalidade da fauna que ocorreu, e ainda está ocorrendo na região litorânea continental dos municípios, é resultado da interação entre os peixes e essa microalga, concluiu o IMA.

Os bairros mais afetados em Florianópolis estão entre Abraão e Jardim Atlântico e em São José entre Ponta de Baixo e Serraria.

Os sintomas do contato, segundo divulgado pelo IMA, incluem náusea, cefaleia e vômito. No entanto, “não existe um parâmetro para afirmar se está ou não seguro caminhar em uma orla durante a floração”, divulgou o órgão.

Cuidados

  1. Evitar banho ou contato direto com as manchas no mar;
  2. Evitar o consumo de pescados desta região, incluindo peixes, moluscos bivalves (ostras, mexilhões, vieiras, berbigões) e crustáceos (camarões, siris), até que este evento de floração esteja encerrado;
  3. Em caso de apresentação de sintomas após o consumo de pescados desta região, procurar atendimento em unidade de saúde mais próxima e realizar a notificação na Vigilância Epidemiológica ou na Vigilância Sanitária municipal.
VIA: g1 SC
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