A advogada Michelle Ramalho Cardoso, reeleita por aclamação para comandar a Federação Paraibana de Futebol (FPF) até 2026, desponta como a principal candidata à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Sua ascensão representa um contraponto ao histórico domínio masculino na entidade, marcada por recentes escândalos e o afastamento do ex-presidente Rogério Caboclo por acusações de assédio moral e sexual.
A dirigente nordestina, única mulher a liderar uma entidade de futebol no Brasil, é elogiada por sua atuação na reconstrução do futebol paraibano, destacando-se pela transparência e desenvolvimento local. Seu nome ganha força em meio à crise que resultou na queda da cúpula da CBF, e ela se destaca como defensora da integridade, concordando com o afastamento de Caboclo e exigindo rigor na apuração das denúncias.
A possível ascensão de Michelle Ramalho à presidência da CBF seria uma guinada positiva para a imagem da entidade, abalada por escândalos e falta de credibilidade. Sua reputação é respaldada não apenas por suas conquistas na FPF, mas também por seu trânsito político diversificado e pela aprovação do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim.
Além disso, Michelle é reconhecida internacionalmente, tendo sido convidada como palestrante no Global Football Management em Portugal. Sua atuação no mundo esportivo se combina com a função de Conselheira Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), destacando-se como uma líder distante de antecessores envolvidos em casos de corrupção, como Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero.