Mercado financeiro eleva projeção da inflação de 5,61% para 5,63% para o ano de 2022

Redação Litorânea

Na manhã desta segunda-feira, 07 de novembro, o Banco Central, o BC, divulgou o índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA; de acordo com o Boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente, a previsão de inflação oficial do país subiu de 5,61% para 5,36% para este ano.

Ainda de acordo com os dados divulgados pelo IPCA, para o ano de 2023, a projeção da inflação ficou em 4,94%; para o ano de 2024 e de 2025, as previsões são de inflação em 3,5% em 2023 e de 3% no ano de 2024 e 2025; a previsão deste ano está acima do teto da meta de inflação, perseguida pelo BC.

O Conselho Monetário Nacional definiu a meta de inflação para este ano em 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5% para cima ou para baixo, ou seja, o limite inferior é de 2% e o superior de 5%; da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação de 2023 também está acima do teto previsto.

Ainda de acordo com o Conselho Monetário Nacional, para 2023 e 2024, as metas fixadas são de 3,25% e 3%, respectivamente, também com os intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual, ou seja, para o ano de 2023 os limites de projeção da inflação são de 1,75% e 4,75%.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, no mês de setembro, houve deflação de 0,29%, o terceiro mês seguido de queda no indicador; com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,09% no ano e de 7,17% em 12 meses.

Ainda de acordo com o IBGE, para o mês de outubro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15, o IPCA-15, que é a prévia da inflação, também teve um aumento de 0,16%; os dados consolidados de outubro serão divulgados na próxima quinta-feira, 10 de novembro, pelo IBGE.

De acordo com informações, para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária, o Copom; a taxa está no maio nível desde janeiro de 2017, quando também estava neste patamar.

Já para o mercado financeiro, a expectativa é de que a taxa Selic encerre o ano nos mesmos 13,75%; para o fim de 2023, a estimativa é de que a taxa básica caia para 11,25% ao ano; já para o ano de 2024 e 2025, a previsão é de Selic feche em 8%, em ambos os anos subsequentes.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança; taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas; quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Agora, a projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano se mantém em 2,76%; já para o ano de 2023, a expectativa para o Produto Interno Bruto, o PIB, é de crescimento de 0,7%; para 2024 e 2025, o mercado financeiro planeja expansão do PIB em 1,8% e 2%.

Compartilhe este Artigo