Mais de 300 animais marinhos apareceram no litoral do Paraná no verão e 54 deles foram salvos

Redação Litorânea
Foto: Reprodução LEC

O Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) divulgou na sexta-feira (19) os registros da temporada de verão 2023/2024. Foram registrados 303 animais marinhos, entre os grupos que são foco do projeto (aves, mamíferos e tartarugas marinhas). Desses, 54 foram salvos pelo laboratório.

Entre as 19 espécies registradas, algumas estão classificadas como “ameaçadas de extinção” e, por isso, o trabalho integrado e contínuo para reduzir os impactos das atividades humanas à fauna marinha é tão importante.

Foram localizadas 137 tartarugas mortas de quatro espécies e quatro acabaram reabilitadas entre 22 de dezembro de 2023 e 22 de março de 2024. Também foram encontradas 80 aves marinhas de 12 espécies e 50 delas foram salvas. Também foram registrados 32 mamíferos marinhos, como baleias, e nenhum foi salvo.

O laboratório realizou 34 necrópsias, 28 em tartarugas e seis em baleias.

“Agradecemos às diversas instituições dos municípios do litoral do Paraná que contribuem efetivamente para a realização das atividades do PMP-BS/LEC-UFPR em prol da conservação da fauna marinha, bem como à população, que nos aciona sempre que encontra um animal marinho encalhado”, diz nota do LEC publicada nas redes sociais.

O projeto

A realização do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma exigência do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama, para as atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos. No estado do Paraná, Trecho 6, essa condicionante é realizada pela equipe LEC/UFPR (@lecufpr e www.lecufpr.net).

Mudanças climáticas

Junto às mudanças climáticas, a poluição plástica é considerada uma das questões ambientais mais urgentes da atualidade. Desde 2022, a ONU prepara um novo acordo internacional focado em acabar com a presença de plásticos no meio ambiente, abordando o ciclo de vida completo do material.

O Brasil é o 16º país que mais polui o oceano e está entre os 20 principais geradores globais de resíduos plásticos de uso único, de acordo com o balanço publicado na revista científica Marine.

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