Até 30 de julho, 1.970 pinguins-de-magalhães foram registrados em Florianopolis pela Associação R3 Animal. Segundo a organização não governamental (ONG) responsável pela reabilitação e reintrodução desses animais à natureza, apenas 126 foram resgatados com vida.
De acordo com a R3 Animal, as mortes acontecem porque os pinguins vivem em bando e, durante a migração para as águas mais quentes do litoral brasileiro, muitos acabam se perdendo. Fragilizados, eles não resistem.
Na temporada do ano passado, 2.028 pinguins foram encontrados nas praias da Capital. Do total, 121 estavam vivos.
Neste ano, o primeiro pinguim foi registrado na Praia da Joaquina, em abril. Em maio, houve mais dois resgates, um na Praia do Santinho e outro na Praia do Morro das Pedras. A partir de junho, o efeito da migração se intensificou e centenas de pinguins foram encontrados.
Os animais partem da Patagônia, na Argentina, e atingem as praias do Sul e Sudeste no Brasil. Eles viajam entre maio e outubro, motivados pela busca por alimentos em águas mais quentes.
Por estarem cansados e debilitados, os pinguins atingem as areias da praia e são incapazes de voltar a nadar, segundo o veterinário do PMP-BS/R3 Animal, Sandro Sandri.
“É normal recebermos esse volume de pinguins juvenis, debilitados ou mortos. É o curso da natureza. Só a interação com a pesca que não é natural. Eles vão atrás do cardume que está sendo pescado, se enredam e acabam se afogando”, explica.
Os animais vivos são encaminhados para o centro de reabilitação da associação, onde recebem tratamento veterinário até estarem aptos para soltura.