Maioria das rodovias do Paraná enfrenta problemas e necessita de reparos, conforme pesquisa

Para a recuperação das vias há a necessidade de investimentos na ordem de R$ 5,45 bilhões destinados a ações emergenciais, como obras de construção, restauração e trabalhos de manutenção

Redação Litorânea
Foto: Governo Federal

O Paraná possui uma extensão de quase 6.400 km em suas rodovias estaduais e federais. Conforme levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), aproximadamente 59% da malha rodoviária pavimentada no estado enfrenta algum tipo de problema, enquanto quase 41% das estradas mantêm-se em ótimas ou boas condições.

No que diz respeito à pavimentação, a pesquisa revela que cerca de 54% das rodovias que cortam o estado, totalizando mais de 3.400 km, apresentam problemas, enquanto 46% encontram-se em boas condições. Um dado significativo é a expressiva extensão de rodovias de pista simples, representando quase 78% de toda a malha viária, totalizando cerca de 5 mil km.

A pesquisa destaca ainda a ausência de acostamento em 47% dos trechos avaliados, a falta de sinalização em 16% dos trechos com curvas perigosas e a existência de 36 pontos críticos em toda a região paranaense.

A pesquisa da CNT apontou uma consequência das condições precárias das estradas do Paraná: um consumo desnecessário estimado em quase R$ 62 milhões de litros de diesel em 2023 que afeta diretamente o meio ambiente. A má qualidade do pavimento deve acarretar um custo superior a R$ 400 milhões para os transportadores, de acordo com a CNT.

Para a recuperação das rodovias, a pesquisa sugere a necessidade de investimentos na ordem de R$ 5,45 bilhões destinados a ações emergenciais, como obras de construção, restauração e trabalhos de manutenção.

Bruno Batista, diretor executivo da Confederação Nacional do Transporte, ressaltou a urgência de investimentos nas rodovias federais. Em 2023, o investimento total de recursos autorizados para a infraestrutura rodoviária do Paraná alcança cerca de R$ 220 milhões, dos quais apenas R$ 59 milhões foram aplicados até setembro.

Os dados também indicam que, no estado, os custos com acidentes geraram prejuízos de quase R$ 1,5 bilhão em 2022, enquanto, no mesmo ano, foram destinados apenas R$ 36 milhões para obras de infraestrutura.

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