Mãe acusa inspetor de abuso sexual contra filha de sete anos dentro de escola municipal

Redação Litorânea

A mãe de uma menina de sete anos fez uma grave denúncia. Segundo ela, a filha teria sofrido um abuso sexual cometido por um inspetor de alunos em uma escola municipal localizada no bairro Portão, em Curitiba. O caso teria acontecido no dia 25 de outubro e a família já registrou boletim de ocorrência (BO).

A situação foi relatada pela filha à mãe na última quinta-feira, 27 de outubro, dois dias após o caso. Neste dia, a mulher contou que saiu de casa acompanhada da pequena para ir ao mercado quando ouviu o relato dela. A família mora no bairro Santa Quitéria.

“Ela me disse assim: mãe, preciso te contar uma coisa que está me incomodando. Não sei se é certo ou errado”, iniciou a mãe, dizendo que perguntou o que havia acontecido à filha, e continuou. “Ela perguntou se eu lembrava do corte do dedo que teve enquanto descascava laranja aqui em casa. Eu falei que sim. Nesse momento, minha filha falou que estava brincando durante o recreio, momento em que o dedo começou a arder. Em seguida minha filha pediu para que o inspetor fizesse um curativo, só que ele começou a ‘alisar’ ela por trás”, falou a mãe.

A mãe perguntou à filha o que ela fez neste momento. A menina respondeu e disse que saiu da sala, olhou o suspeito e fugiu.

Daí eu perguntei sobre o porquê dela não ter comentado a situação com alguma professora ou outra colega. Minha filha respondeu e disse que não sabia ‘se era certo ou errado”, completou a mãe.

Na sexta-feira, dia seguinte à ocorrência relatada pela filha, a mãe a levou para escola de manhã em um horário mais cedo que o habitual. O objetivo dela era encontrar o suspeito que, conforme dito pela mãe, sempre recebe as crianças no portão da escola municipal.

Ela não o encontrou em um primeiro momento e, a partir disso, passou a perguntar aos demais funcionários da escola. Após encontrá-lo em uma biblioteca, com ajuda da filha mais velha, houve confusão com o suspeito e a mãe foi parar na delegacia.

“As mães que viram [a confusão] se revoltaram e foram cobrar a diretora da escola. Ela [diretora] disse que não tinha nada a ver e era um mal-entendido, mesmo com uma das mães dizendo que ouviu a fala da minha filha sobre o abuso […]. Qualquer mãe perderia a paciência diante da situação. Senti na hora que a escola estava defendendo o cara”, desabafou.

A família foi a delegacia para o BO sobre este suposto caso de abuso sexual na escola municipal no Portão. A mãe e a filha foram ouvidas. A pequena, inclusive, conversou com um psicólogo. No documento é dito que a vítima foi apalpada nas “costas e nas nádegas” e que o inspetor “ainda disse para ela [vítima] voltar ao próximo recreio que ele iria fazer novamente esse curativo nela”.

A Polícia segue investigando.

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