O Ministério da Saúde se manifestou nesta sexta-feira sobre o caso dos pacientes do Rio de Janeiro que foram infectados pelo vírus HIV, após transplante de órgãos contaminados.
A pasta solicitou a interdição cautelar do laboratório particular PCS Saleme/RJ, que funciona no Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro.
De acordo com o Ministério, a situação está sendo tratada com extrema seriedade, visando cuidar dos pacientes e suas famílias e preservar a confiança da população nesse serviço essencial.
PARANÁ – Segundo o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), com informações do 1º semestre deste ano, além de ter uma das menores taxas de recusa familiar (apenas 25%), o Paraná continua líder em doações de órgãos no Brasil com 42,3 doações por milhão de população (pmp). A média nacional é de 19,5 pmp.
O Ministério esclarece ainda as medidas imediatas adotadas para garantir a segurança e a integridade do sistema nacional de transplantes.
O episódio ocorreu em testes realizados por um laboratório privado, contratado pela Fundação Saúde, sob a responsabilidade da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, para atendimento ao programa de transplantes no estado. Até o momento, houve a confirmação de infecção por HIV de dois doadores e seis receptores que tiveram teste positivo.
Diante da gravidade do caso, o MS determinou que a testagem de todos os doadores de órgãos no Rio de Janeiro voltasse a ser feita exclusivamente pelo Hemorio; ordenou a retestagem do material de todos os doadores de órgãos feitas pelo Laboratório PCS Saleme/RG, a fim de identificar possíveis novos casos falso-negativos; determinou que o grupo de pacientes receptores de transplantes de órgãos dos doadores infectados, bem como seus contatos, recebessem total atendimento especializado, e determinou a instalação de auditoria urgente pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS – Denasus – no sistema de transplante do Rio de Janeiro, e a apuração de eventuais irregularidades na contratação do referido laboratório, dentre outras providências.
O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) é reconhecido como um dos mais transparentes, seguros e consolidados do mundo. Existem normas rigorosas que buscam proteger tanto os doadores quanto os receptores, garantindo que os transplantes realizados no país mantenham um alto nível de confiabilidade.
A ministra Nísia Trindade se manifestou nesta sexta, sobre o assunto. Assista ao vídeo: