Na quinta-feira, 09 de março, o Instituto Nacional de Meteorologia, órgão vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária, informou que o fenômeno “La Niña” chegou ao fim após três anos de duração; a informação foi confirmada pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos.
De acordo com informações, as temperaturas mais baixas do que o normal no Oceano Pacífico tropical caracterizam o fenômeno La Niña; com o fim do fenômeno, a expectativa é que o Oceano Pacífico permaneça em neutralidade durante o outono e início do inverno de 2023 no Hemisfério Sul.
No entanto, em fevereiro de 2023, as temperaturas abaixo da média da superfície do mar enfraqueceram, ou seja, aqueceram e, atualmente, persistem apenas no Oceano Pacífico central; por outro lado, em parte do Pacífico oriental, elas ficaram significativamente acima da média.
O Instituto Nacional de Meteorologia salienta que, ao todo, foram três primaveras consecutivas sob influência do La Niña, o evento atingiu a categoria de nível moderado em alguns meses de 2021, mas, desde setembro daquele ano, permaneceu com intensidade fraca.
Em dezembro de 2022 e janeiro de 2023, os valores de anomalia das temperaturas da superfície do mar foram de -0,8°C e -0,7°C, respectivamente, permanecendo na categoria de intensidade fraca; no início de fevereiro deste ano, os valores de anomalia ficaram em torno de -0,5°C, o que já mostrava o enfraquecimento progressivo do evento.
Com o fim do fenômeno, as previsões dos modelos de temperaturas da superfície do mar indicam uma transição do La Niña para uma condição de neutralidade nos próximos meses;. a condição de neutralidade no Oceano Pacífico Equatorial deve permanecer durante o outono e início do inverno.
As previsões a mais longo prazo indicam um aumento nas chances de configuração de um evento de El Niño entre o final do inverno e início da primavera de 2023, contudo, é importante ressaltar que, quanto mais distante o alcance das previsões, maiores são as incertezas.
O La Niña é um fenômeno oceânico caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais de partes central e leste do Pacífico Equatorial e de mudanças na circulação atmosférica tropical, impactando os regimes de temperatura e chuva em várias partes do globo, incluindo a América do Sul.
Por fim, o Instituto Nacional de Meteorologia do Ministério da Agricultura e Pecuária informa que, diferente da La Niña, o El Niño, se dá a partir do aquecimento das águas superficiais em áreas do Oceano Pacífico Equatorial.