Justiça mantém prisão de Capitão do Corpo de Bombeiros acusado de desviar produtos da Defesa Civil

Cleomar Diesel
Imagens Gaeco

O capitão do Corpo de Bombeiros Gustavo Emmanuel Gonçalves Fogaça, acusado de desviar produtos da Defesa Civil, teve sua prisão mantida pela Justiça do Paraná durante audiência de custódia realizada na manhã de sexta-feira (31). O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu Fogaça em flagrante, suspeito de desviar itens de um galpão da Defesa Civil do Paraná que concentrava doações para vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

Fogaça foi detido na noite de quarta-feira (29), no bairro Uberaba, em Curitiba, durante uma operação conduzida pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). Um segundo suspeito, identificado como tio do capitão, também foi preso.

Segundo o Gaeco, foi flagrado no momento em que estacionou uma camionete no galpão que guardava donativos, após a saída dos recrutas do Exército. Ele carregou o veículo com fardos de energético e seguiu para uma distribuidora de bebidas, onde foi preso enquanto descarregava os itens. No local, também foram encontrados roupas, eletrônicos e instrumentos musicais. Os produtos desviados estavam armazenados em um galpão que recebia doações destinadas às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, com itens doados pela Receita Federal.

As investigações indicam que Fogaça, que prestava serviço na Coordenadoria Estadual da Defesa Civil há quase dois anos, e seu tio estavam comercializando parte dos produtos desviados pela internet. O capitão tinha acesso a dois galpões, um em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, e outro na Vila Guaíra, em Curitiba.

O capitão deverá ser denunciado por peculato, enquanto seu tio será acusado de receptação. Segundo o Corpo de Bombeiros, foram adotados os procedimentos legais previstos no Código Penal Militar. “Com a situação, o Corpo de Bombeiros abriu investigação, que pode culminar com a expulsão do oficial da corporação. A prática não simboliza o serviço de excelência que os Bombeiros do Paraná prestam à sociedade”, afirma a nota oficial.

Ainda não há confirmação de que todos os itens desviados seriam destinados ao Rio Grande do Sul.

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