De acordo com relatos prestados em depoimentos à Polícia Civil do Paraná por uma testemunha do caso Marcelo Arruda, o possível apoiador de Bolsonaro, Jorge Guaranho, sabia que a festa temática do PT iria acontecer na Sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, da qual Guaranho já foi diretor.
A testemunha relatou que, no sábado, 09 de julho, horas antes do crime, Guaranho esteve no local, participando de um jogo de futebol e de um churrasco; de acordo com a testemunha foi neste momento que ele teve acesso às imagens das câmeras de segurança que mostravam a decoração do salão de festas.
Em depoimento prestado à Polícia Civil, a esposa de Guaranho afirmou: “Ele [Jorge] frequentava ali, com relativa frequência, praticamente todas as terças e sextas. É um clube recreativo e naquele dia em específico, ele passou por lá, ele teria passado por lá pra realizar uma ronda que era comum ser feita pelos membros da associação, daquele local ali”.
Essas informações, de que o homicida ficou sabendo de antemão do acontecimento da festa, corrobora a suspeita de que Guaranho premeditou o crime e não apenas teve uma reação em legitima defesa, narrativa que a defesa do acusado tenta emplacar.
Na manhã desta quarta-feira, 13 de julho, a Polícia Civil do Paraná informou que ouvirá outras três testemunhas na investigação que apura os fatos do ocorrido; de acordo com informações, divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná, 14 pessoas já foram ouvidas.
No início da tarde desta quarta-feira, a nova defesa de Jorge Guaranho concedeu uma entrevista e alegou: “Nós temos certeza, não existe uma intolerância política. Apesar do Guaranho ter um posicionamento de direita, ele não era uma pessoa extremamente voltada a política, então a motivação política está totalmente descartada.”