O Projeto Dindo, que busca preparar pessoas para acompanhar a rotina de crianças e adolescentes acolhidos em instituições de Curitiba e região metropolitana (RMC), está com inscrições abertas para o curso de apadrinhamento afetivo. As oficinas organizadas pela Associação JusCidadania vão acontecer entre os dias 27 e 28 junho, na sede da Justiça Federal do Paraná (JF/PR) localizada no bairro Cabral, na capital paranaense. Veja abaixo o link para se inscrever.
O gestor de mídia do Projeto Dindo, Daniel Rodrigues de Quadros, explicou que, atualmente, cerca de 120 crianças e adolescentes, todos acima de 11 anos, estão disponíveis para o apadrinhamento afetivo. Segundo ele, tratam-se de jovens que possuem chance remota de adoção e/ou retorno à família de origem.
“É um evento gratuito. A pessoa vem, conhece, recebe as informações necessárias e depois decide se quer seguir adiante com o apadrinhamento”, iniciou à reportagem. “O Projeto Dindo hoje é uma referência no Paraná e no Brasil. Nós já ‘exportamos’ nossa metodologia para outros lugares. Os benefícios são os mais diversos para as crianças e adolescentes apadrinhados, algo que nós temos percebido ao longo destes oito anos de projeto”, explicou.
Para ser padrinho, você precisa ter mais de 21 anos. Após a inscrição, a presença se torna obrigatória nos dois encontros para que os participantes sejam considerados aptos a seguirem adiante com o processo de cadastro e entrevista inicial.
Tipos de apadrinhamento afetivo
O integrante do projeto, Rafael Quadros, explicou que há três modalidades de apadrinhamento afetivo: de grupo, individual e financeiro.
Na primeira modalidade, você se torna responsável por um grupo de crianças e adolescentes e o leva para passeios e demais atividades pela cidade. Na segunda, você se torna a referência na vida de uma criança ou adolescente e interage diretamente com o acolhido. Na última opção, talvez seja a considerada a menos próxima de todas porque, de acordo com Rafael, você investe em atividades, cursos, tratamentos médicos, etc.
Todas as situações são acompanhadas por profissionais qualificados como assistentes sociais ou um psicólogos.
O apadrinhamento afetivo, hoje, está regulamentado no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) desde 2019. É uma prática que existe no Brasil inteiro e faz muito bem para as crianças. Em alguns casos, o apadrinhamento pode evoluir para uma guarda ou adoção. Isto acontece, desde que seja autorizado pela Justiça. No entanto, isto não é a finalidade principal.
Clique aqui para se inscrever nos cursos de apadrinhamento afetivo do Projeto Dindo. As inscrições podem ser feitas até o dia 25 de junho.