Na última quarta-feira, 17 de agosto, a Polícia Federal, a PF, declarou que vê indícios de crime do Presidente por associar a vacina contra a Covid-19 ao risco de a população desenvolver o vírus da AIDS; essa afirmação de Bolsonaro consta em um relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal, o STF.
No dia 21 de outubro de 2021, o atual Presidente Jair Bolsonaro afirmou, em uma das suas já tradicionais transmissões ao vivo via internet, que: “a população do Reino Unido estaria desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida [AIDS]” após a imunização vacinal completa contra a Covid-19.
Na mesma Live, o Chefe do Executivo citou um suposto estudo atribuído ao imunologista Anthony Fauci, neste, “a maioria das vítimas da gripe espanhola não morreu de gripe espanhola, mas de pneumonia bacteriana causada pelo uso de máscara”; à época, as máscaras eram obrigatórias em locais públicos.
A Delegada Lorena Lima Nascimento, da Polícia Federal, aponta que o Presidente Bolsonaro infringiu o Artigo 41 da Lei de Contravenções Penais por incitação criminosa e por provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente a terceiros por conta das suas declarações.
A Polícia Federal afirma que, ao espalhar informações falsas, Bolsonaro “encorajou” a população a descumprir medidas sanitárias preventivas contra a Covid-19 e gerou alarde ao anunciar um perigo inexistente; o relatório da PF alega que o Presidente agiu de forma direta, voluntária e consciente.