Nesta terça-feira (3), teve início o julgamento de Everton Vargas, acusado pela morte da youtuber Isabelly Cristine Santos, assassinada a tiros após uma discussão de trânsito em fevereiro de 2018. O julgamento, marcado para começar às 9h, teve início com cerca de duas horas de atraso devido ao atraso do promotor Rodrigo Sanches, e está sendo conduzido pela juíza Caroline Valiati da Rosa.
Testemunhas e Depoimentos
O primeiro depoimento foi dado pela delegada Vanessa Alice, responsável pela Operação Verão na época do crime. Ela afirmou que Everton Vargas desceu do veículo para realizar os disparos. A defesa do réu contestou esta versão, alegando que a afirmação da delegada desmente a acusação original do Ministério Público do Paraná (MPPR) e contradiz a perícia oficial e a reprodução simulada do crime. Os advogados do réu também argumentaram que a nova versão trazida pela delegada surpreende e viola o princípio da correlação, pedindo o aditamento da denúncia para incluir esse novo elemento ao processo.
Além da delegada, outras nove testemunhas, cinco indicadas pela defesa e cinco pela acusação, prestarão depoimentos ao longo do julgamento. O depoimento do acusado e o debate entre acusação e defesa estão previstos para ocorrer após as oitivas.
Histórico do Julgamento
O julgamento de Everton Vargas foi adiado duas vezes antes de sua realização. Inicialmente previsto para março de 2022, foi adiado devido a uma falha processual, que não incluiu a reconstituição do caso. Um segundo adiamento ocorreu em outubro de 2022, atendendo a um pedido da defesa, que alegou falta de sete jurados isentos. A defesa também tentou transferir o julgamento para fora da Comarca de Pontal do Paraná, mas o pedido foi negado.
Repercussão e Pedido de Justiça
Familiares e amigos de Isabelly Cristine Santos realizaram um ato antes do início do julgamento, exigindo justiça para o caso. Com faixas e palavras de ordem, eles esperam pelo desfecho de um processo que se arrasta há mais de seis anos. Isabelly, que tinha 14 anos na época de sua morte, foi baleada na cabeça dentro do carro em que estava na BR-407, em Pontal do Paraná, após uma discussão de trânsito. Ela foi socorrida e levada ao Hospital Regional de Paranaguá, mas não sobreviveu aos ferimentos.
O julgamento deve durar dois dias e é o desfecho de um crime que chocou a comunidade e gerou grande repercussão na mídia local.