Inflação desacelerou para todas as faixas de renda em março

Aly Moultaka
Imagem: Reprodução

Na sexta-feira, 14 de abril, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada divulgou o índice de inflação por Faixa de Renda referente a março, na comparação com o mês anterior, houve uma desaceleração da taxa de inflação para todas as classes de renda pesquisadas.

De acordo com as informações, o indicador aponta que a maior alta inflacionária, no mês de março, foi observada na faixa de renda média-alta, representando 0,81%, enquanto a menor foi registrada na faixa de renda muito baixa, representando 0,53%.

No acumulado de doze meses, as famílias de renda média-baixa são as que apresentam a menor taxa de inflação, representando 4,38%; enquanto o segmento de renda alta é o que aponta a taxa mais elevada, representando 6,44%.

Na análise por grupos, os reajustes de 8,3% da gasolina e de 3,2% do etanol fizeram com que a alta do grupo “transportes” se tornasse o principal ponto de pressão inflacionária para todas as faixas de renda. 

Ainda conforme as informações divulgadas pelo IPEA, para as famílias de maior renda, o impacto desse grupo foi amenizado, em parte, pelas quedas de 5,3% das passagens aéreas e de 1,6% do seguro veicular.

As altas dos grupos “habitação” e “saúde e cuidados pessoais” também pressionaram a inflação em março; no primeiro caso, o principal foco inflacionário veio do aumento de 2,3% das tarifas de energia elétrica, sobretudo para as famílias de renda mais baixa. 

Já em relação ao grupo “saúde e cuidados pessoais”, enquanto o maior impacto para as famílias de menor poder aquisitivo foi a alta de 0,72% dos produtos de higiene pessoal, o reajuste de 1,2% dos planos de saúde se tornou o principal ponto de pressão inflacionária para os segmentos de renda mais elevada.  

Para as famílias de renda alta, adicionam-se os reajustes de 0,32% dos serviços pessoais e de 0,55% dos serviços de recreação, que fizeram com que o grupo “despesas pessoais” fosse responsável por uma contribuição significativa à inflação deste segmento em março.

Na comparação com março de 2022, houve uma forte desaceleração na taxa de inflação para todas as classes, mas essa redução foi mais intensa entre as famílias de menor renda, principalmente devido à melhora no comportamento dos alimentos no domicílio. 

Com exceção dos subgrupos de pescados e de aves e ovos, todos os outros 14 segmentos que compõem a alimentação no domicílio registraram variações de preços menores em março de 2023, relativamente ao observado no mesmo período de 2022.

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