O horário de verão, que foi revogado em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro, pode retornar após quase cinco anos. O Ministério de Minas e Energia está em fase final de análise, e o ministro Alexandre Silveira já afirmou que a decisão pode sair nesta semana.
A medida, que consiste em adiantar os relógios em uma hora, tem como objetivo principal otimizar o uso da luz solar, reduzindo o consumo de energia nos horários de pico.
De acordo com o ministro, embora o impacto no consumo energético seja considerado pequeno, o horário de verão tem benefícios operacionais importantes, como a redução da necessidade de ativar usinas térmicas no fim da tarde, quando há uma queda significativa na produção de energia solar.
O especialista em energia Ivan Camargo, reforça essa visão, destacando que, mesmo que a economia seja pequena, ela é necessária em um contexto de escassez hídrica e aumento do uso de térmicas.
Além dos benefícios energéticos, o possível retorno da medida está gerando discussões sobre outros impactos. Cidadãos e empresários acreditam que o horário de verão pode aumentar a produtividade no comércio e estimular o turismo, já que o prolongamento das horas de luz natural no final do dia favoreceria o movimento em lojas e atividades ao ar livre.
Se aprovado, o horário de verão começaria em novembro, conforme a tradição anterior. No entanto, a decisão ainda depende de uma análise detalhada dos impactos econômicos e sociais, para garantir que os benefícios superem as possíveis desvantagens.