Na manhã desta terça-feira, 07 de fevereiro, o Governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, anunciou cinco grandes obras na Região Metropolitana de Curitiba; sendo eles, a construção do novo Contorno Sul de Curitiba; a pavimentação entre São José dos Pinhais e Mandirituba; a nova ligação entre Pinhais e Curitiba; duas trincheiras na Linha Verde; e, mais um trecho da duplicação da Rodovia da Uva.
O maior investimento será a implantação do novo Contorno Sul, estimado em R$ 550 milhões. Também chamado de Corredor Metropolitano, o projeto será uma continuação da atual PR-423, na ligação entre a Rodovia do Xisto, em Araucária, com Curitiba e Fazenda Rio Grande, na BR-116.
O novo trecho contará com pavimento em concreto e vai funcionar como um segundo anel de desvio na região sul da Capital, tirando cerca de 25% do tráfego do atual Contorno Sul na interseção com a BR-116, na região da Ceasa. O projeto executivo foi contratado pelo Governo do Estado por meio da Agência de Assuntos Metropolitanos (Amep).
Todos os 9,5 quilômetros de extensão serão em pista dupla, com ciclovias na marginal, iluminação pública e dispositivos de segurança. O projeto deverá ser entregue no segundo semestre de 2023 e a obra, estimada em cerca de R$ 550 milhões, já inclui os custos de desapropriação de áreas às margens da rodovia. A contratação deve ocorrer no começo de 2024.
CURITIBA-PINHAIS
Outra obra importante será a implantação do Sistema Viário Curitiba-Pinhais. O antigo autódromo de Pinhais vai se tornar um complexo comercial e habitacional de grande porte, e a ligação dele com a Capital dependerá de ampliação viária, inclusive no transporte coletivo. O Governo do Estado vai contratar a execução da obra, prevista em aproximadamente R$ 185 milhões. O projeto executivo foi doado pela empresa responsável como contrapartida para liberação da construção do empreendimento.
A obra em si prevê a construção de novas ruas, viadutos, rotatórias, ciclovias e requalificação urbana em um trecho de aproximadamente três quilômetros. Além de resolver um gargalo viário, a intervenção também vai estender a canaleta exclusiva de ônibus da Avenida Presidente Affonso Camargo até o Terminal de Pinhais pela Avenida Ayrton Senna da Silva, dando mais agilidade ao deslocamento dos ônibus entre os dois municípios.
RODOVIA DA UVA
A PR-417, entre Curitiba e Colombo, conhecida como Rodovia da Uva, já foi parcialmente duplicada entre o Contorno Norte de Curitiba (PR-418) e a Rua Orlando Ceccon. Agora esse projeto terá continuidade, envolvendo um trecho de 4,24 quilômetros entre a Rua Theodoro Makiolka e o Contorno Norte.
Ao final da obra, o trecho contará com seis pistas, sendo três em cada sentido, o que aumentará a capacidade de tráfego de veículos que circulam pela movimentada região, que é uma das principais ligações entre os municípios da Região Metropolitana de Curitiba. A expectativa é de que a contratação ocorra no primeiro semestre de 2023, com investimento da aproximadamente R$ 363 milhões.
PAVIMENTAÇÃO
Outro projeto que atende uma demanda histórica da população da Região Metropolitana de Curitiba, cujo projeto foi contratado em 2021, é a pavimentação da rodovia de ligação entre Mandirituba e São José dos Pinhais. O trecho parte do trevo da Volkswagen-Audi, na BR-376, em São José dos Pinhais, até a Rua Gilberto Palu, em Mandirituba, na ligação com a BR-116, com ciclovias em toda a sua extensão.
A estrada passa pela Colônia Marcelino, local de grande potencial para o turismo rural e religioso, cria uma via alternativa para os municípios de Quintandinha, Agudos do Sul, Piên, Campo do Tenente e Rio Negro, localizado no chamado segundo anel da RMC, além de ser utilizada por agricultores rurais. A extensão que receberá a obra é de aproximadamente 26 quilômetros e o investimento do Governo do Estado, cujo contrato deve ser firmado no segundo semestre, está estimado em R$ 95 milhões.
TRINCHEIRAS
Outras novas obras importantes para Curitiba e RMC serão duas trincheiras na Linha Verde, interligando as ruas Omar Raymundo Pichet com Mal. Althair Roszanniy e Rua Barão do Santo Ângelo com Rua Ipiranga, além de adequação dos acessos, no bairro Xaxim. O investimento, estimado em R$ 121 milhões, somando desapropriações e as obras em si, será executado a partir de um convênio entre o Estado (responsável pelos recursos) e a Prefeitura de Curitiba (que vai tocar as obras).
A partir do mesmo convênio, a prefeitura irá executar o Trinário da Marechal Floriano Peixoto, com novos viadutos na Rua Ane Frank e Rua Ten. Francisco Ferreira de Souza, além de estrutura metálica para usuários do transporte coletivo no viaduto da Marechal.
CRESCIMENTO
Os novos investimentos acompanham o crescimento da Região Metropolitana de Curitiba, que ganhou 523.591 novos habitantes em 12 anos. A estimativa está na prévia do Censo Demográfico 2022, divulgada no fim do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os 29 municípios da RMC somam 3.742.171 habitantes, 16% superior ao registrado em 2010, ano do último Censo, que reuniu 3.218.580 habitantes. É a região com maior densidade populacional do Paraná: 31,6% dos 11.835.379 de cidadãos. O ganho equivale quase a uma Londrina, único município do Interior com mais de meio milhão de habitantes (588.125).
Além das obras anunciadas nesta terça, também estão em andamento outros grandes projetos para a região, como a duplicação da Rodovia dos Minérios, entre Curitiba e Almirante Tamandaré, a construção do Viaduto do Bradesco, em São José dos Pinhais, dos novos terminais de São José dos Pinhais e Piraquara, além da implantação da Reserva Hídrica do Iguaçu, um corredor de biodiversidade com 150 quilômetros de extensão que atravessa a RMC.
De acordo com o diretor-presidente da Amep, Gilson Santos, que participou diretamente no processo de construção das novas obras, as intervenções foram planejadas para facilitar a mobilidade de quem transita pela RMC, mas principalmente dos mais de 3,7 milhões de paranaenses que residem na região.
Para Santos, a etapa de planejamento e elaboração dos projetos é tão importante quanto a obra para garantir que ela seja adequada corretamente e dentro dos prazos estabelecidos. “É uma estruturação que foi feita com a presença de uma equipe técnica qualificada para que a gente possa ter bons termos de referência, que resultem em bons projetos e para que as obras tenham com começo, meio e fim”, finalizou o diretor-presidente da Amep.