O Governo do Estado aderiu à campanha “Go Blue”, um evento global para alertar a população sobre a importância da prevenção aos afogamentos, que no Brasil vitima cerca de seis mil pessoas por ano. A ação remete ao dia 25 de julho, data que desde 2021 marca o Dia Mundial da Prevenção do Afogamento, instituída em uma resolução da ONU.
Como parte da campanha, que tem como organizadora nacional a Sobrasa, Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, o Palácio Iguaçu, sede do Poder Executivo Estadual, será iluminado de azul nesta terça-feira. A ação irá acontecer de maneira simultânea em outros locais emblemáticos do País, como o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, a Ponte Estaiada Roberto Marinho, o Vale do Anhangabaú e a Biblioteca Mário de Andrade, na cidade de São Paulo.
O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, responsável pela realização de milhares de ações preventivas e de salvamento em todo o Estado, esclarece que são vários os cenários em que podem ocorrer afogamentos. O subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Antônio Lino, afirma que normalmente as pessoas pensam apenas nas situações que ocorrem nas praias, rios e cachoeiras, mas que até mesmo as próprias residências representam um risco considerável, especialmente para crianças.
Em 2022, o registro do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná foi de mil 212 ocorrências de afogamentos, divididos em seis níveis de gravidade. Deste total, 57 resultaram na morte das vítimas. No site do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná é possível conferir dicas e orientações sobre os riscos de afogamento e como proceder em casos de acidente. Nos últimos dias, a corporação também tem utilizado as suas redes sociais para publicações sobre o tema.
Segundo dados da Sobrasa, a cada três dias uma criança morre afogada dentro de casa. Entre aquelas que têm entre um e quatro anos de idade, o afogamento tornou-se a maior causa de morte a partir de 2020. Em residências com piscinas, a orientação é proteger o entorno com cercas, evitando o acesso das crianças. E nos casos das crianças que estejam se banhando, a supervisão deve ser constante.