Governo de Santa Catarina decreta estado de emergência zoossanitária após identificação do vírus da Influenza Aviária H5N1

Cleomar Diesel
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O Estado de Santa Catarina enfrenta um desafio sério em sua avicultura, pois foi identificado o vírus da Influenza Aviária H5N1 de alta patogenicidade em aves da região. Em resposta a essa situação, o Governo de Santa Catarina decretou estado de emergência zoossanitária nesta quinta-feira (20). O Decreto Nº 211 estabelece que a situação de emergência terá validade por 180 dias.

O Estado já registrou dois casos da doença até o momento. O primeiro ocorreu em São Francisco do Sul, em 26 de junho, seguido pelo segundo caso em uma ave de fundo de quintal, no município de Maracajá, localizado na região Sul do Estado. Essa ocorrência preocupante levou ao Japão suspender a compra de carne de frango e seus subprodutos do Brasil no início desta semana.

Santa Catarina é o segundo maior exportador de frango do país, com um total de 545,5 mil toneladas comercializadas para fora do Brasil no primeiro semestre deste ano. Desse volume, o Japão foi o destino de 219,8 mil toneladas, representando um aumento de 8,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A suspensão das importações japonesas tem impactos significativos na indústria avícola do Estado e pode causar prejuízos econômicos importantes.

A Influenza Aviária é uma doença de distribuição global e com histórico de ciclos pandêmicos ao longo dos anos. Além de representar um risco à saúde animal, a doença também tem graves consequências para o comércio internacional de produtos avícolas. O Brasil é um importante exportador de frango, e a presença do vírus da H5N1 pode afetar a imagem do país como produtor confiável e livre dessa enfermidade.

A população, especialmente produtores avícolas e criadores de aves, é orientada a seguir as recomendações e medidas estabelecidas pelas autoridades de saúde e vigilância sanitária para prevenir a disseminação da doença. O Governo de Santa Catarina continuará monitorando a situação de perto e tomando as ações necessárias para mitigar os impactos e proteger a saúde animal e a economia do Estado.

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