Forças policiais já realizaram 352 diligências especializadas durante o Verão Maior Paraná

Em 54 dias de trabalho no Litoral, os peritos realizaram 352 exames periciais em suporte às demandas das forças de segurança pública. Nesta semana exames em uma residência e um veículo levaram três pessoas à cadeia em Minas Gerais

Carlos Moraes
Foto: Gabrielle Sversut / PCPR

A Polícia Civil e a Polícia Científica realizaram diligências especializadas em um local de crime e em um veículo, em Guaratuba e Matinhos, no litoral do Estado, nesta semana. O objetivo foi localizar e coletar vestígios do homicídio de um homem, de 24 anos, ocorrido no dia 20 de janeiro, em Guaratuba. As diligências foram realizadas na residência e em um veículo do suspeito. O trabalho envolveu a coleta de materiais genéticos, análise por meio da captura de imagens e a localização de vestígios por meio do emprego de luminol. 

O luminol é borrifado em locais onde há suspeita de que possa haver vestígios de sangue. A solução em contato com sangue resulta em uma luz azulada. Para facilitar a visualização dos vestígios, é necessário que o ambiente esteja escurecido. A partir disso, todo o material coletado passa por análise para chegar a um conjunto de informações que em conjunto demonstram a verdade.

Nesse caso específico, três pessoas (dois homens e uma mulher) teriam participado do crime de homicídio e ocultação de cadáver, tendo como motivação dívidas entre os envolvidos. Os três suspeitos foram presos preventivamente em Minas Gerais. A ação contou com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).

Em 54 dias de trabalho no Litoral, os peritos realizaram 352 exames periciais em suporte às demandas das forças de segurança pública.

De acordo com o delegado e coordenador do Verão Maior Paraná pela PCPR, Fábio Amaro, o trabalho em conjunto com a Polícia Científica possibilita interligação direta entre o local, o suspeito e vítima. “Essa parceria fortalece o processo investigativo, sendo crucial para que sejam produzidas provas materiais dos delitos. A prova técnica proporciona à Polícia Civil a garantia de condições concretas para solução eficaz dos casos”, afirma.

A perícia criminal é parte essencial do processo investigativo de crimes, tanto no local do crime, preservando e recolhendo vestígios do ocorrido, como também em ambientes laboratoriais, analisando as evidências encontradas.

Para o perito criminal Leonel Letnar Junior, chefe da divisão operacional da Polícia Científica, a colaboração entre as forças de segurança é essencial para o combate efetivo à criminalidade. 

“A Polícia Científica, com sua natureza multidisciplinar, ocupa uma posição fundamental nesse cenário. Nosso trabalho especializado em diversas áreas da perícia permite fornecer suporte técnico-científico crucial para a investigação de crimes. A sinergia com outras forças de segurança é vital para a coleta rápida de evidências e para elaborar estratégias de investigação eficientes. Essa cooperação assegura a resolução eficaz de investigações, garantindo a verdade e a justiça através da ciência”, explica.

A delegada Natália Nichel ressalta que a perícia no local de crime serve para corroborar os elementos probatórios no âmbito do inquérito policial. “O trabalho em conjunto com a Polícia Científica é de extrema importância, ainda no âmbito do inquérito policial, porque leva a elementos que vão servir de prova para uma possível ação penal”, ressalta.

“Durante o Verão Maior Paraná realizamos diversos exames, como ocorre em todo o Estado. Temos realizado perícias em armas de fogo, em locais e em objetos relacionados a homicídios, em residências em que ocorreram furtos ou danos, em veículos, além de exames em drogas. O trabalho serve para materializar os delitos e crimes com a prova pericial”, complementa a perita criminal Valéria Cardoso Pereira.

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