Fiscalização combate preços abusivos em meio à calamidade no Rio Grande do Sul

O exemplo mais chocante foi a venda de galões de 20 litros de água por exorbitantes R$ 80,00

Cleomar Diesel

Em tempos de crise, a solidariedade e o respeito pelo próximo deveriam prevalecer. No entanto, a catástrofe climática que devastou o Rio Grande do Sul trouxe à tona o pior em alguns comerciantes, que tentaram se aproveitar da situação para inflacionar preços de produtos essenciais. Felizmente, o trabalho exemplar do Ministério Público gaúcho (MP-RS) tem sido uma barreira eficaz contra esses abusos, protegendo a população de práticas predatórias em um momento já tão difícil.

Nos últimos 15 dias, o MP-RS recebeu cerca de 700 denúncias de preços abusivos, refletindo a indignação dos consumidores. A resposta não tardou: em Porto Alegre e na região metropolitana, 65 estabelecimentos foram autuados, com destaque para postos de gasolina, mercados de pequeno porte, farmácias e revendas de água e gás. O exemplo mais chocante foi a venda de galões de 20 litros de água por exorbitantes R$ 80, um preço que beira o desumano em meio à calamidade.

A atuação firme e decidida dos promotores de justiça é um alívio para os cidadãos. Em uma dessas fiscalizações, dois funcionários de um posto de gasolina foram presos, demonstrando que as ações não se restringem a multas, mas incluem medidas mais severas quando necessárias. Este rigor é essencial para desencorajar outros comerciantes de seguirem o mesmo caminho.

O trabalho do MP-RS merece reconhecimento e aplausos. Em um cenário onde a ética muitas vezes é deixada de lado, a atuação decidida e corajosa dos promotores de justiça é um farol de esperança e justiça. Eles demonstram que, mesmo em meio ao caos, a lei e a ordem prevalecem, protegendo os mais vulneráveis e punindo aqueles que tentam lucrar com a dor alheia.

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