Na tarde desta quarta-feira (18), o prefeito Adriano Ramos liderou uma ação de fiscalização que percorreu bairros de Paranaguá, com o apoio da Secretaria de Fiscalização das Concessões e Contratos (Semfisc) e da Cagepar. O objetivo foi verificar in loco denúncias de despejo irregular de esgoto no Rio Itiberê, uma preocupação constante da comunidade local.
A primeira parada foi na Vila Itiberê, atrás do Sesc, onde uma residência foi usada para inspeção. Com a ajuda de um líquido de coloração avermelhada, os fiscais observaram que tudo o que é descartado após a descarga no vaso sanitário acaba indo direto para uma área de mangue junto ao Rio Itiberê. “Tudo o que é jogado aqui, depois de usar, vai parar lá no mangue”, comentou um morador que acompanhou a vistoria.
Na Costeira, moradores relataram mau cheiro do esgoto que, segundo eles, também é despejado no rio. “A gente sofre com o cheiro ruim, e sabe que o problema é o esgoto que não é tratado direito”, explicou uma moradora da região próxima ao mangue.
O prefeito Adriano Ramos reforça o compromisso de intensificar as fiscalizações na cidade. Ele explicou que, recentemente, equipes estiveram no local para verificar in loco a denúncia de que o esgoto de vários bairros está sendo despejado diretamente no Rio de Itiberê. “Hoje estamos em campo para comprovar o que a população toda já sabe, mas para comprovar tecnicamente tivemos que vir até aqui”, afirmou. Para fortalecer esse trabalho, Adriano criou a Secretaria de Fiscalização dos Contratos, que monitora o saneamento, o transporte coletivo e atua na fiscalização da Paranaguá Saneamento. Ele destacou ainda o apoio da Cagepar, que, com uma nova direção, está firme na luta contra os crimes ambientais. “Eu estou nas ruas indo até os bairros, para poder comprovar e defender os direitos da nossa população. É apenas o começo, jamais fugiremos desta luta”, concluiu o prefeito.
Isabele Gonçalves Figueira Campos, secretária da Semfisc, destacou que as fiscalizações devem se intensificar até que todas as normas sejam cumpridas. “A ideia é que, além de fiscalizar os contratos, a gente também cobra o saneamento básico da Paranaguá Saneamento, para o cidadão. Estamos nas ruas, ouvindo a população e verificando de perto a situação”, afirmou.
Larissa Viana, engenheira química e diretora de fiscalização da Cagepar, reforçou a preocupação com o impacto ambiental. “A forma como o esgoto está sendo descartado é uma agressão à natureza. A população paga por um serviço que não está sendo oferecido de forma adequada. A Paranaguá Saneamento precisa seguir as leis ambientais, fazer estudos do corpo receptor e garantir que o descarte seja feito de maneira correta”, alertou.
Com essas ações, a prefeitura busca garantir que os direitos da população sejam respeitados e que o meio ambiente seja protegido. “Estamos nas ruas para fazer a diferença. Isso é só o começo”, concluiu Adriano Ramos, demonstrando o compromisso de sua gestão com a cidade.