O Brasil caiu para os Estados Unidos e está fora da final dos Jogos de Paris. As americanas venceram por 3 sets a 2, com parciais de 23/25, 25/18, 15/25/ 25/23 e 11/15. Assim, carimbaram a vaga na decisão do próximo domingo, em busca do bicampeonato consecutivo. Um dia antes, as brasileiras brigarão pelo bronze, às 12h15 (de Brasília), contra Itália ou Turquia. Será preciso colocar a cabeça no lugar, superar a frustração e sair da França com uma medalha.
Os Estados Unidos abriram 5 a 0 e pareciam mais inteiros em quadra, sem sentir o peso da semifinal olímpica. Mas, com brilho do bloqueio, o Brasil se recuperou e até virou o primeiro set, colocando 19 a 16 no placar. As americanas conseguiram retomar o comando do marcador, ainda viram uma nova tentativa de reação brasileira, mas fecharam em 25 a 23.
O Brasil não se desesperou por estar atrás no placar. Voltou confiante para o segundo set e dominou as ações desde o início. As americanas ainda tentaram reagir, mas se complicaram quando Plummer passou a ser explorada no saque. Ana Cristina era o grande nome da seleção brasileira até o momento, com 15 pontos. Foi a responsável, inclusive, por fechar a parcial em 25 a 18.
Se alguém te dissesse que era a seleção brasileira no terceiro set, talvez você não acreditasse. Depois de uma vitória tranquila no segundo, as comandadas de Zé Roberto nem voltaram à quadra. Autor de 10 pontos nas parciais anteriores, o bloqueio do Brasil não apareceu. As viradas de bola foram raras, e a recepção ainda falhou muitas vezes. Os Estados Unidos, então, passearam e venceram por 25 a 15. Para se manter vivo no jogo, era preciso ter muita força mental.
E o Brasil se recuperou de uma terceira parcial bem difícil. Manteve o placar equilibrado durante a maior parte do quarto set e conseguiu abrir vantagem na reta final. Ainda cometeu erros que geraram sustos, mas contou com invasão da central Ogbogu para fechar em 25 a 23.
No tie-break, o Brasil até começou na frente, com bom volume. Mas se perdeu no meio da parcial. A dificuldade para virar bolas voltou a aparecer. Houve algumas escolhas questionáveis na armação de jogadas, e os EUA se sobressaíram. Vitória por 15 a 11. As brasileiras terão que se contentar com a disputa do bronze.
Após a partida, as jogadoras do Brasil não seguraram as lágrimas. A equipe sempre disse que acreditava bastante no ouro, e a frustração era visível em quadra. Entre as mais emocionadas, estava Thaisa. Aos 37 anos, a central disputou a última edição de Olimpíadas da carreira e queria se tornar a primeira atleta brasileira tricampeã dos Jogos.