Extratos bancários comprovam o envolvimento de atletas do Coritiba no esquema de manipulação de apostas

Aly Moultaka
Imagem: Reprodução

O Coritiba, que não passa por uma boa fase no Campeonato Brasileiro deste ano, foi acometido por evidências sobre a participação dos atletas Alef Manga e Diego Porfírio no esquema de manipulação de resultados no futebol.

De acordo com os extratos financeiros revelados pelo Ministério Público de Goiás, Alef Manga teria recebido, no mínimo, sete transferências via PIX, totalizando algo em torno de R$ 45 mil, para participar do esquema fraudulento.

Ainda de acordo com o Ministério Público de Goiás,  o pagamento, segundo os registros, seria para que o jogador recebesse um cartão amarelo no jogo contra o América-MG, válido pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2022.

Manga chegou a ser citado em conversas entre apostadores e acabou sendo afastado das atividades do clube em maio, posteriormente, o jogador prestou depoimento ao Ministério Público de Goiás, mas preferiu permanecer em silêncio. 

Contudo, algumas semanas após ser afastado pela Diretoria do Coritiba Foot Ball Club, ele retornou aos treinamentos e até participou das últimas duas rodadas do Campeonato Brasileiro, marcando um gol.

Após a divulgação das transferências suspeitas, a defesa de Alef Manga emitiu uma nota lamentando o vazamento seletivo de informações sigilosas e enfatizando que ainda não teve acesso aos documentos em questão. 

A defesa reiterou sua confiança no atleta e no sistema judiciário, aguardando com serenidade os devidos esclarecimentos; o Coritiba, por sua vez, afirmou que está analisando a situação e ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

Além disso, surgiram outras revelações, essas envolvendo o lateral-esquerdo Diego Porfírio, ex-jogador do Coritiba; o atleta admitiu ter participado do esquema de apostas e fez um acordo com o Ministério Público para colaborar nas investigações.

No depoimento, Porfírio revelou que indicou Alef Manga para o esquema, visando receber uma quantia de R$ 50 mil em troca de receber um cartão amarelo durante o mesmo jogo contra o América-MG.

A defesa de Porfírio afirmou que o jogador está cooperando com o Ministério Público e fez um acordo para testemunhar na nova fase da Operação Penalidade Máxima; na nota, a defesa enfatizou que ele já prestou depoimento e explicou todos os fatos.

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