Exportações de Tilápia impulsionam a economia do Paraná

Redação Litorânea
Imagem: Reprodução

O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social divulgou recentemente o 45º volume da Análise Conjuntural, um documento analítico composto por artigos escritos por economistas do Núcleo de Macroeconomia e Desenvolvimento Regional do IPARDES, que se concentra na descrição, avaliação e previsão dos movimentos de curto prazo da economia do estado.

Segundo Jorge Callado, diretor-presidente do IPARDES, esse periódico apresenta dados econômicos e situações atualizadas: 

A Análise Conjuntural é uma publicação tradicional que acompanha as tendências e situações da economia do estado, fornecendo, a cada dois meses, uma visão abrangente das principais tendências de desenvolvimento do Paraná em um curto período de tempo”.

Nesta edição, a Análise Conjuntural traz um artigo escrito pelo economista Guilherme Amorim sobre o aumento das exportações paranaenses de tilápia, um setor em que o estado desempenha um papel de destaque nacional.

Conforme as informações divulgadas pelo Instituto, de 32 toneladas em 2018, as exportações de peixes do Paraná saltaram para 5,1 mil toneladas em 2022, com a tilápia representando 38,52% desse comércio.

A criação comercial de tilápia está presente em 363 dos 399 municípios paranaenses, sendo que Nova Aurora desponta como líder, sendo responsável por 13,82% da produção.

De acordo com as informações divulgadas, em 2022, as vendas de carne de tilápia do Paraná para o exterior atenderam 34 países em diferentes formas. Os Estados Unidos foram o principal destino.

As perspectivas para o mercado externo nesse segmento são promissoras. Embora a demanda norte-americana seja principalmente suprida pela China, questões tarifárias e custos de frete têm aberto espaço para a tilápia brasileira, colombiana, tailandesa e vietnamita. 

Além disso, há uma tendência de substituição do consumo de peixes mais caros pela tilápia, especialmente em economias afetadas por surtos inflacionários, como as europeias.

Em outro artigo, Amorim aborda a fase atual do comércio, impactado pela inflação, que tem restringido o consumo das famílias. Segundo ele, fatores locais e externos combinaram-se e causaram aumentos nos preços de bens e serviços com pouca elasticidade, especialmente alimentos, combustíveis e energia elétrica.

Entre maio de 2021 e julho de 2022, a inflação anualizada na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) para famílias com renda mensal entre um e cinco salários mínimos permaneceu acima de 10% ao mês.

Outro artigo, escrito pelo economista Francisco Gouveia Castro, analisa o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) paranaense e a contribuição dos setores de serviços e turismo nos resultados de 2022.

O texto exemplifica que as atividades de serviços prestados às famílias tiveram um crescimento de 18,8% no acumulado de 12 meses, encerrados em fevereiro de 2023. Esse resultado está relacionado ao aumento do consumo de serviços de alojamento e alimentação no Paraná, em uma reviravolta pós-pandemia.

De acordo com as informações divulgadas pelo Instituto, as exportações de tilápia têm impulsionado o setor econômico do Paraná, consolidando o estado como um protagonista nacional nesse mercado. 

Além disso, apesar dos desafios econômicos, os serviços voltados para as famílias apresentam um crescimento significativo, refletindo a retomada gradual após o período de crise provocado pela pandemia. 

O cenário atual demonstra a importância de acompanhar de perto as tendências econômicas e os movimentos de curto prazo para tomar decisões estratégicas e impulsionar o desenvolvimento regional.

Compartilhe este Artigo