O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, e a Corregedoria da Polícia Civil cumprem nesta terça-feira (19), na segunda fase da Operação Mônaco, quatro mandados de busca e apreensão em residências de ex-agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente da capital.
Os fatos investigados ocorreram em fevereiro de 2019 e envolvem o então delegado-chefe da unidade e três investigadores ligados à Delegacia na época, dois deles já se aposentaram, e o terceiro está atualmente em outra delegacia. Um quarto investigador já tinha sido alvo de mandado de busca na primeira fase da operação. Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Criminal de Curitiba.
As investigações do Gaeco apuram possível crime de concussão (crime praticado pelo servidor público que usa de sua função para exigir vantagem indevida). A pretexto de haver irregularidades em um dos postos de combustíveis de uma rede, o grupo teria apreendido um funcionário do posto, encaminhando-o à Delegacia, onde o teriam retido por cerca de seis horas numa sala, exigindo inicialmente R$ 50 mil para liberá-lo, quantia depois diminuída para R$ 10 mil e que teria sido paga em dinheiro pelo dono do posto ao grupo de policiais para o funcionário ser liberado.
No cumprimento dos mandados, foram apreendidos as quantias de R$ 29.255, mil dólares, uma arma de fogo, 16 celulares, documentos e equipamentos eletrônicos.
O coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, dá mais detalhes sobre a Operação Mônaco.