Na quarta-feira, 02 de agosto, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea, divulgou um levantamento de análise da evolução das mortes no trânsito no Brasil durante a implementação da campanha “1ª Década de Ação pela Segurança no Trânsito”, lançada pela Organização das Nações Unidas em 2010.
Infelizmente, os resultados foram bastante frustrantes, pois o país registrou um aumento de 13,5% nas mortes em relação à década anterior, não atingindo a meta global estipulada pela ONU de reduzir em 50% a mortalidade no trânsito até 2020.
O estudo apontou que o crescimento das mortes foi impulsionado principalmente pelos acidentes envolvendo motocicletas, que dobraram ao longo do período analisado; no entanto, houve uma redução na quantidade de óbitos por atropelamentos e casos envolvendo automóveis, mantendo o índice estável.
Conforme apontado pelo Ipea, para piorar a situação, os recursos destinados a políticas públicas de redução da mortalidade no trânsito sofreram contingenciamentos nos últimos anos, o que limitou a efetividade das ações.
O estudo publicado também destacou que a queda na taxa de mortalidade a partir de 2014 coincidiu com a intensidade da crise econômica, mostrando que os acidentes de trânsito são sensíveis às condições econômicas do país.