O Governo do Estado avança na execução de dois projetos de reparação ambiental ligados à indenização paga pela Petrobras por causa do acidente causado no Rio Iguaçu, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, em julho de 2000. As iniciativas, desenvolvidas pelo Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável (Sedest), têm investimento total de R$ 24 milhões.
Serão aplicados R$ 19 milhões na compra de novos veículos e equipamentos de fiscalização ambiental e R$ 5 milhões na construção de plataformas de observação de avifauna nos parques paranaenses.
Os recursos para a implementação das propostas já foram liberados pela Justiça Federal após uma série de reuniões de conciliação, e a previsão é que o órgão comece a executar as iniciativas ainda neste ano. Ao todo, já foram liberados mais de R$ 500 milhões para a execução de projetos de reparação ambiental em todas as regiões do Paraná. O valor total da verba compensatória depositada em juízo pela Petrobras, com juros e correções, ultrapassa R$ 1,2 bilhão.
“São recursos com impacto direto na conservação do meio ambiente do Paraná, o Estado mais sustentável do Brasil. Além de promover o turismo responsável, podemos intensificar a fiscalização do nosso patrimônio verde, garantindo a preservação da natureza”, afirmou o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca
O projeto “Reaparelhamento da Fiscalização Ambiental” envolve a aquisição e incorporação de novos veículos e equipamentos ao arcabouço do IAT. O pacote inclui 50 caminhonetes pick-up, que vão facilitar as vistorias de técnicos do Instituto no meio rural, e 25 jet-skis e carretas de reboque, para apoiar as embarcações usadas em ações de fiscalização aquáticas do órgão. “A medida vai ampliar a área de atuação e garantir mais rapidez no combate à pesca predatória nos rios integrantes das Bacias hidrográficas do Estado”, destacou Greca.
Além disso, serão adquiridos dispositivos para dar suporte aos agentes do órgão ambiental, incluindo equipamentos de medição como 200 trenas, ferramentas de monitoramento como 200 aparelhos GPS, 50 binóculos e 50 drones, além de ferramentas para cadastro de notificações, como 50 notebooks, 50 tablets e 50 impressoras portáteis. O Instituto já está preparando a primeira fase das aquisições, que deve acontecer ainda neste ano.
“Assim que adquiridos, esses equipamentos vão ajudar a identificar atividades irregulares e a coibir práticas ilegais previstas na lei de crimes ambientais, além de proporcionar melhores condições de trabalho para todos os agentes fiscais do IAT. Vai, sem dúvida, contribuir significativamente para a melhoria das operações de fiscalização e do desempenho ambiental do Paraná”, afirma o gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, Álvaro Cesar de Goes.