Em Guaratuba, o Instituto Água e Terra iniciou uma parceria com a prefeitura para assessoramento e prestação de apoio técnico. A ação visa orientar agentes administrativos municipais, vereadores, consultores e empreendedores para a execução correta de processos como forma de agilizar os procedimentos ambientais.
A medida vai beneficiar duas importantes intervenções previstas para ocorrer no município e que também dependem do licenciamento do IAT: a construção da ponte que liga a cidade a Matinhos e a revitalização da orla com o engordamento da faixa de areia.
A cidade, porém, também expande ações sustentáveis. O Governo do Estado deu início ao processo de atualização do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaratuba. O documento técnico busca estabelecer o zoneamento e as normas que balizam o uso da área de forma ambientalmente correta. A conclusão é estimada para 2024.
Mapeamento que ajudará a preservar os guarás, pássaros de penugem vermelha que chamam a atenção pela exuberância da cor e a presença volumosa, principalmente, na Baía de Guaratuba. A ave que encanta turistas e nativos se tornou uma bandeira de preservação.
Para evitar que os pássaros se estressem, bem como a revoada dos bandos em decorrência do barulho dos motores das embarcações e veículos de turismo, o IAT lançou uma campanha, em parceria com o Instituto Guaju, Prefeitura de Guaratuba e Universidade Federal do Paraná (UFPR), para ensinar as pessoas a se comportarem diante dos guarás.
Já em Paranaguá, por exemplo, o IAT emitiu a licença que vai fazer com que a nova Ponte dos Valadares, enfim, saia do papel. A estrutura vai ligar o Centro à comunidade da Ilha dos Valadares, maior bairro da cidade, onde vivem cerca de 30 mil pessoas – ou quase 20% da população do município.
Com licenciamento ambiental do IAT, a cidade vai ganhar também seis novos trapiches. O investimento é de R$ 14,6 milhões, com recursos da empresa pública Portos do Paraná, uma compensação exigida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para autorizar a dragagem de aprofundamento no acesso aos portos paranaenses. Serão beneficiadas as comunidades do Amparo, Piaçaguera, Ilha do Teixeira, Eufrasina, Europinha e Vila Maciel.
Ainda em Paranaguá, na Ilha do Mel, o instituto finalizou o planejamento que permitirá a implementação do sistema de coleta e tratamento de esgoto na região. A licença de instalação, com a abertura do canteiro de obras, está prevista para ocorrer em maio, desde que atendidas integralmente as condicionantes iniciais vinculadas à licença prévia.
O projeto será feito em duas etapas, com investimento estimado de R$ 30 milhões, por meio de recursos da empresa Iguá, responsável pelo esgotamento de fluídos na localidade.
Em Pontal do Paraná, o governo começou o plano de reestruturação da restinga local. O IAT, em parceria com a Prefeitura de Pontal do Paraná, vai recuperar aproximadamente 350 metros quadrados do bioma natural da orla do Balneário Shangri-lá. Na área existe um parque linear municipal de restinga.
No total, a faixa de areia vai receber cerca de 3,5 mil mudas de pequeno porte, de oito espécies típicas da restinga, produzidas integralmente no viveiro do órgão ambiental localizado em Morretes. Entre elas, destaque para a Capororoca (Myrsine coriácea), Soja-da-praia (Sophora tomentosa), Orelha-de-onça (Pleroma urvilleanum), Vassoura-vermelha (Dodonaea viscosa), Prunus (Eugenia astringens) e Baguaçú (Magnolia ovata).