As enchentes que assolam o Rio Grande do Sul elevaram o número de mortos para 157 neste domingo (19), segundo informações da Defesa Civil estadual. Além das vítimas fatais, 88 pessoas ainda estão desaparecidas, e estima-se que 2,3 milhões de moradores de 463 municípios tenham sido afetados pela catástrofe climática.
O número de desalojados aumentou para 581.633, com 76.955 pessoas atualmente abrigadas em locais de emergência. As operações de resgate já salvaram 82.666 pessoas e 12.215 animais. Os esforços de resgate envolveram a participação de 27.716 pessoas, 4.061 viaturas, 21 aeronaves e 302 embarcações.
A situação dos rios no estado continua crítica, com quatro deles apresentando níveis acima da cota de inundação. A infraestrutura de transporte foi severamente impactada, com 85 trechos de rodovias estaduais e federais bloqueados. O Aeroporto Internacional Salgado Filho permanece com operações suspensas, embora outros aeroportos administrados pelo governo do estado e pela CCR estejam operando normalmente.
Para mitigar os problemas de transporte aéreo, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou voos comerciais para transporte de passageiros e carga na Base Aérea de Canoas, situada na região metropolitana de Porto Alegre, após as inundações danificarem a infraestrutura do Salgado Filho.
Nos portos, o Porto de Porto Alegre suspendeu todas as operações, enquanto o Porto de Pelotas interrompeu o embarque de toras de madeira. O Porto do Rio Grande, por outro lado, continua operando normalmente. A travessia para São José do Norte está restrita ao transporte de veículos altos, como caminhonetes.