Empresária de Maringá acumula dívida de R$ 110 mil após perdas no jogo do tigrinho

Cleomar Diesel

Vitória Damaceno Bittencourt, uma empresária de 23 anos de Maringá, no norte do Paraná, enfrenta um desafio financeiro significativo após se envolver com o jogo do tigrinho. O que começou como uma tentativa de ganhar dinheiro fácil se transformou em uma dívida de R$ 110 mil com um banco, somando um prejuízo total de R$ 160 mil.

“Tudo foi para o jogo do tigrinho. É uma consequência de um erro meu e eu tive que aceitar isso. É difícil você aceitar que um nome que você demorou tanto para construir do nada tá sujo na praça”, lamenta Vitória.

O jogo do tigrinho refere-se a jogos online ilegais que operam como cassinos virtuais, prometendo prêmios em dinheiro para os jogadores que conseguem combinações específicas de imagens. No Brasil, a regulamentação desses jogos está sendo estudada pelo Ministério da Fazenda.

De acordo com Vitória, os problemas começaram no final de 2023, quando ela foi atraída pelas propagandas de influenciadores e inicialmente teve alguns ganhos. No entanto, em uma única aposta, ela perdeu os R$ 54 mil que havia ganhado anteriormente, continuando a apostar na esperança de recuperar o dinheiro.

“Meu esposo sabia que eu tinha ganhado R$ 54 mil. E como eu ia falar pra ele ‘to perdendo 54 mil?’ Então eu ia fazendo empréstimos no banco para poder cobrir tudo isso”, relata Vitória.

Após deixar o jogo, Vitória encontrou apoio na família e conseguiu abrir uma loja, onde trabalha intensamente para tentar quitar suas dívidas.

“Com muito trabalho, se Deus quiser, a gente vai conseguir quitar essa dívida”, afirma determinadamente.

Atualmente, o governo brasileiro está estudando maneiras de regularizar os jogos de azar online no país. Sites aprovados pelo governo poderão ser identificados pelo domínio ‘bet.br’, indicando apostas esportivas regulamentadas.

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