Na última semana, o Ministério Público do Paraná publicou um artigo informando que, na terça-feira, 11 de abril, um julgamento no Tribunal do Júri de Curitiba não se encerrou por haver incerteza quanto à verdadeira identidade do réu.
Durante o julgamento, apurou-se que o réu tem um irmão, com quem se parece fisicamente, e que tinha se passado pelo outro para ser liberado de uma unidade prisional em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.
Ainda de acordo com as informações divulgadas pelo MP-PR, os irmãos chegaram a fazer tatuagens idênticas, com a inscrição do nome de um deles no antebraço direito, provavelmente com o intuito de gerar confusão sobre suas identidades.
O Ministério Público do Paraná afirma que durante as inquirições de testemunhas, observou-se que o réu que estava sendo julgado poderia não ser a pessoa que tinha sido interrogada pela polícia e confessado uma tentativa de homicídio.
Ainda conforme o Ministério Público, outro ponto observado é que a assinatura do interrogatório policial seria diferente daquela que constava na procuração do advogado de defesa contratado para atuar no julgamento pelo Tribunal do Júri.
Sendo assim, o Ministério Público requereu a verificação correta da identificação do acusado, por meio de duas perícias, sendo elas: grafotécnica e de reconhecimento facial; que, por não poderem ser feitas de imediato, determinaram que a juíza de Direito que presidia a sessão de julgamento dissolvesse o conselho de sentença.