Neste domingo (28), as eleições na Venezuela foram marcadas por incertezas e muito medo, tanto para os venezuelanos quanto para a comunidade internacional. Em Curitiba, aproximadamente 1.500 pessoas se reuniram em protesto, pedindo o fim da ditadura e a não reeleição de Nicolás Maduro.
O grupo de venezuelanos em Curitiba se concentrou na Praça Santos Andrade, no centro da capital paranaense. Vestindo camisetas com as cores da Venezuela e carregando bandeiras, os manifestantes clamavam por paz e liberdade para seu país de origem.
Reações Internacionais
Presidentes de Argentina, Chile, Uruguai, além do chanceler do Peru, afirmaram que o processo eleitoral venezuelano foi “falho”. Enquanto isso, o presidente brasileiro Lula permaneceu em silêncio, apesar de Maduro ter expressado dúvidas sobre as urnas brasileiras.
Depoimentos dos Organizadores
Kevin Mora, um dos organizadores do protesto, explicou a motivação por trás da manifestação: “Nós viemos trazer apoio à nossa presidente Maria Corina Machado para pedir por uma Venezuela livre, que queira recuperar o espaço, que queira que cada filho que saiu do país de forma forçada queira voltar para a nossa terra, que viu a gente crescer, se formar. Todo mundo quer voltar para o seu país, seus parentes, e esse manifesto é para mostrar ao mundo quantas pessoas têm clamando por um fim radical de governo. Queremos Maduro fora, queremos paz.”
Eduardo Mizzoni, outro venezuelano à frente do protesto, destacou a impossibilidade de votar para aqueles que vivem fora do país: “A gente está fazendo manifestação porque, na Venezuela, o governo não deixou que venezuelanos fora do país exercessem a votação. Queremos uma Venezuela livre, sem ditadura. Procuramos união, paz, entre todos os venezuelanos.”
Contexto do Protesto
Os venezuelanos em Curitiba relataram que não puderam participar das eleições, assim como nenhum venezuelano fora do país. Este fato contribuiu para o sentimento de frustração e a determinação de lutar por uma mudança radical no governo venezuelano.
Os protestos em Curitiba refletem o desejo dos venezuelanos exilados de verem seu país livre de ditadura e em paz, com a esperança de um futuro onde possam retornar a suas raízes e reconstruir suas vidas em um ambiente democrático e justo.