É FALSO que IBGE usa celular com urna eletrônica para roubar biometria do eleitorado

Redação Litorânea

Uma mensagem sobre um suposto uso de celular com urna eletrônica pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) movimentou a internet nos últimos dias. O conteúdo em texto e áudio afirma que profissionais a serviço do órgão estariam realizando uma pesquisa eleitoral para saber o voto da pessoa entrevistada. O conteúdo é FALSO.

Segundo a narrativa, os responsáveis pela coleta de dados da população roubariam a biometria de eleitoras e eleitores durante a realização do censo demográfico de 2022.

O conteúdo também diz que os recenseadores sugeririam ao entrevistado que clicasse em uma urna eletrônica disponibilizada na tela de um celular para que, por meio desse processo, colhessem a impressão digital do eleitorado que vota em determinado candidato à Presidência da República.

Segundo o boato, a cópia da biometria pelo smartphone transmitiria essa informação para a urna física e, desse modo, permitiria que um eleitor votasse no lugar de outro no dia da eleição.

Censo

A notícia é completamente falsa. Primeiro porque, no censo demográfico, não são feitas perguntas sobre a intenção de voto das pessoas entrevistadas. O objetivo do estudo é reunir informações de quantos são e como vivem as brasileiras e os brasileiros. A pesquisa, portanto, não leva em consideração a preferência política de quem participa do levantamento.

Depois, é importante destacar que nenhum aplicativo de celular é capaz de substituir a urna eletrônica física, que é o único equipamento usado para registrar o voto do eleitorado. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) não utilizam impressões digitais coletadas por meio de smartphones.

A única forma de identificação biométrica válida é aquela coletada presencialmente pela Justiça Eleitoral ou por órgãos públicos parceiros, como o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e Institutos de Identificação, por exemplo.

Além disso, não há a possibilidade de uma “cópia” da impressão digital pelo celular interferir na votação. Isso porque, no dia da eleição, é necessário que a eleitora ou o eleitor posicione o dedo no terminal do mesário, que contém o leitor biométrico.

Tudo é acompanhado de perto pela equipe de mesárias e mesários, que passam por treinamento para detectar qualquer problema que ocorra na seção eleitoral. É impossível que uma pessoa se passe pela outra na hora de votar.

A informação foi verificada pelo TSE, Boatos.orgFato ou Fake e pelo IBGE

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