O Dia Nacional da Cachaça é celebrado em 13 de setembro e, neste ano, a data caiu no último dia útil da semana, favorecendo ainda mais as comemorações em todo o país. A cachaça, antes associada ao estigma de “cachaceiro” e adjetivos pejorativos como bêbado e alcoólatra, vem ressignificando sua imagem. Com o aumento da busca por hábitos mais saudáveis e um consumo mais consciente, a bebida ganha novos apreciadores e um espaço de prestígio.
No litoral paranaense, a cidade de Morretes é um dos destaques na produção da bebida, conhecida por suas cachaças de alta qualidade, que estão entre as melhores do Brasil. Localizada aos pés da Serra do Mar, Morretes se consolidou como uma referência nacional na produção de aguardente, sendo parte da rica história da “água que passarinho não bebe”.
A produção de cachaça no litoral paranaense tem registros desde 1733. No século 19, com a chegada dos imigrantes italianos, a fabricação cresceu, com mais de 50 produtores caseiros extraindo o melhor da cana-de-açúcar. Essa tradição, que começou de forma artesanal, hoje se mantém com produtos mais refinados, garantindo que a cachaça de Morretes continue sendo um ícone. Tanto que o termo “morretiana” é utilizado como sinônimo da tradicional cachaça paranaense em alguns dicionários brasileiros.
Além disso, a Aguardente de Cana e Cachaça de Morretes detém o registro de Indicação Geográfica (IG) na modalidade Indicação de Procedência, concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). Esse reconhecimento reforça a autenticidade e qualidade da cachaça produzida na região, preservando a identidade cultural e histórica dessa bebida que é um símbolo do Brasil.
Com o Dia Nacional da Cachaça, o momento é de celebrar não apenas a bebida, mas também toda a tradição e história que ela carrega, especialmente nas cidades que se destacam pela qualidade e autenticidade de sua produção, como Morretes.